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๐—ก๐—ข๐—ง๐—œฬ๐—–๐—œ๐—”๐—ฆ | Com a economia em ebulição, abriu-se um processo de reforma da Constituição, que está longe de ser minimalista e toca no setor.



"Hoje, vive-se um momento em que incerteza é a palavra de ordem, dentro e fora do país. Ninguém sabe ao certo quando se vai atingir o pico da inflação, até que patamar os juros podem subir, como vai evoluir a crise energética ou até onde a guerra da Ucrânia poderá escalar. A somar a este contexto, juntou-se uma nova variável de instabilidade no plano nacional: uma polémica revisão constitucional, 17 anos depois de se realizar a última em 2005. Lançado pelo Chega, o processo conta finalmente com propostas de alteração à Constituição Portuguesa de todos os oito partidos com assento parlamentar.


Assiste-se a um dos mais longos períodos de estabilidade constitucional da História de Portugal, marcado por várias tentativas falhadas de alteração ao longo dos últimos anos. Entre as novas iniciativas de revisão da Constituição portuguesa de 1976 - data em que foi aprovada tendo sido revista, desde então, sete vezes -, há agora algumas também nos domínios da habitação e do imobiliário. O idealista/news mergulhou nas propostas em cima da mesa e mostra agora o que querem os partidos neste domínio, sendo de destacar os objetivos de:


reforçar o direito à habitação;

renovar imóveis devolutos;

fomentar o papel do Estado na promoção de habitação pública e na criação de incentivos à construção de casas por privados.

Como é que iniciou o processo de revisão constitucional agora em curso?

Revisão da Constituição portuguesa surge em tempos de incerteza

Os projetos de revisão constitucional em matéria de habitação e imobiliário

PS: da fixação das bases da política da habitação à proteção dos mais vulneráveis

PSD defende o aproveitamento de prédios públicos devolutos e apostar nos estímulos à construção privada

Chega quer o Estado e as autarquias com controlo “efetivo” do parque imobiliário

BE quer novas “exigências” nas políticas públicas de habitação

Iniciativa Liberal propõe estímulos à construção privada

Livre quer assegurar condições dignas de habitação a todos

Como é que iniciou o processo de revisão constitucional agora em curso?

Em maio deste ano, o primeiro-ministro socialista admitiu avançar com uma proposta de "revisão constitucional cirúrgica", devido à lei dos metadados. E, cinco meses depois, o processo de revisão constitucional arrancou por iniciativa do Chega, tendo sido o primeiro partido a apresentar a proposta de alteração à Constituição portuguesa. A força política liderada por André Ventura - que viu chumbada no Parlamento a iniciativa anterior - pretende criar sistemas público-privados de saúde e educação, tornar o voto obrigatório, reduzir o número de deputados ou permitir a prisão perpétua. 


Depois disso, os restantes partidos apressaram-se numa corrida à entrega das suas propostas de revisão constitucional. Até porque, de acordo com a Constituição da República, uma vez “apresentado um projeto de revisão constitucional, quaisquer outros terão de ser apresentados no prazo de trinta dias”. 


Apesar do atual processo de revisão constitucional ter sido iniciado pelo Chega, António Costa já fez questão de frisar publicamente que “não interessa quem o começa, interessa quem o vota”. “A revisão constitucional que vai haver será a revisão constitucional que contará com os votos do PS [que tem maioria absoluta]. E, por isso, não será a revisão constitucional do Chega”, segundo declarou o líder socialista aos jornalistas, na noite em que apresentou à sua Comissão Política o catálogo de alterações constitucionais.


As propostas de revisão e reforma constitucional já admitidas à Assembleia da República vão estar em discussão em breve. E, tal como determina a própria Constituição, caberá aos deputados da Assembleia da República rever a lei fundamental, através da criação de uma comissão eventual de revisão constitucional. Isto significa que a revisão constitucional compete somente à Assembleia da República e nem o próprio chefe de Estado, neste caso Marcelo Rebelo de Sousa, tem poderes nesta matéria.


Mas para se concretizarem, as alterações à Constituição portuguesa dependem dos votos favoráveis de, pelo menos, 154 deputados (o correspondente a dois terços do hemiciclo). Ou seja, o PS terá de negociar propostas, nomeadamente com o PSD, para conseguir o apoio necessário à maioria.


A constituição da comissão de revisão constitucional deve ser formalizada ao longo dos próximos dias, mas os trabalhos só deverão começar em janeiro de 2023, segundo adiantou recentemente o Público, dando nota de que o PSD tem direito a indicar o deputado para presidir à comissão de revisão constitucional à luz do critério utilizado para a distribuição das presidências das comissões parlamentares - isto porque, no início de cada legislatura, as presidências e vice-presidências das comissões são distribuídas à luz do método de Hondt.


Em abril passado, em 14 comissões permanentes (o número manteve-se igual à legislatura anterior, só se alterou algumas das denominações), o PS ficou com nove presidências e o PSD com cinco. Assim, a próxima comissão a ser criada, que neste caso será a de revisão constitucional, terá de ser presidida pelos sociais-democratas, tal como explicava o diário neste artigo.


Revisão da Constituição portuguesa surge em tempos de incerteza

O momento em que as propostas de alteração da Constituição portuguesa viram a luz do dia já foi motivo de discórdia. E o constitucionalista Jorge Miranda é um dos seus grandes críticos, considerando “lamentável entrar-se agora num processo de revisão constitucional, quando são tantos os problemas que o país enfrenta, desde a situação económica, inflação, situação dos hospitais, das escolas, a situação internacional com a guerra da Ucrânia”, tal como disse em entrevista à TSF e ao Jornal de Notícias. 


Na visão do professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa só “seria conveniente uma revisão por causa da questão sanitária e dos confinamentos. Ou seja, haver regras jurídicas precisas para evitar abusos no confinamento por razões de saúde. E haver regras também relativas à digitalização. (…) O que significaria alterar-se ou acrescentar algo a apenas dois ou três artigos”, defende. Mas admite que “quando se começa por querer mexer em três ou quatro artigos, acaba por se tratar de muitos mais”. Além disso, o professor conhecido como pai da lei fundamental considera que é "extremamente perigoso" aumentar os poderes do Presidente da República, disse na mesma entrevista.


Também Marcelo Rebelo de Sousa é defensor de uma revisão minimalista, considerando que era “importante” haver uma revisão constitucional em apenas dois pontos: “Os metadados, para não haver chumbos consecutivos do Tribunal Constitucional, e o problema da lei de emergência sanitária". E frisa as dificuldades e incertezas que nos esperam para o próximo ano. “O facto de a guerra continuar, o facto de a inflação continuar e haver uma certa incerteza quando à duração desta situação, que passa para o ano que vem, tudo isso aponta para um ano 2023 mais complicado do que o de 2022 e cheio de incertezas.” A preocupação “muito grande” do Presidente da República, que conta com uma carreira de professor catedrático e constitucionalista, também se prende com a subida das taxas de juro em 2023, que poderão encarecer ainda mais os empréstimos da casa de taxa variável, que são dominantes no nosso país.


Os projetos de revisão constitucional em matéria de habitação e imobiliário

Apesar do contexto de incerteza, as propostas de alteração constitucional vão ser debatidas na Assembleia da República podendo mesmo vir a ser aprovadas num futuro próximo. E o que defendem mudar os partidos em termos de habitação e imobiliário? Foi o que o idealista/news foi descobrir ao passar a pente fino todas as propostas de alteração dos partidos com assento parlamentar. Desde logo, constatou que o PCP e o PAN não têm propostas para a habitação.


PS: da fixação das bases da política da habitação à proteção dos mais vulneráveis

Na sua proposta de revisão constitucional, o PS entende que “importa acolher no texto constitucional alguns dos aspetos centrais da Lei de Bases de Habitação aprovada em 2019 e do trabalho legislativo respetivo que ainda podem não ter o grau desejado de concretização na Constituição”, lê-se no documento entregue na Assembleia da República no passado dia 11 de novembro.


Neste sentido, o Governo socialista liderado por António Costa quer, segundo a proposta:


deixar um “comando claro no sentido da necessidade de fixação das bases da política da habitação, evitando futuros retrocessos e garantindo a existência de uma Lei de Bases”;

garantir no texto constitucional que a atribuição da habitação pública “deverá ser sempre realizada de forma transparente e em condições de igualdade”.

Em concreto, os socialistas propõem alterações ao artigo 65º da Constituição da República Portuguesa sobre Habitação e Urbanismo. Para assegurar o direito à habitação, incumbirá ao Estado, de acordo com a proposta:


“Estabelecer as bases, programar e executar uma política de habitação inserida em planos de ordenamento geral do território e apoiada em planos de urbanização que garantam a existência de uma rede adequada de transportes e de equipamento social”;

“Promover, em colaboração com as regiões autónomas e com as autarquias locais, a construção de habitações económicas e sociais, e assegurar a sua atribuição transparente e em condições de igualdade”;

“Estabelecer medidas de proteção especial dirigidas a jovens, cidadãos com deficiência, pessoas idosas, e famílias com menores, monoparentais ou numerosas, bem como às pessoas e famílias em situação de especial vulnerabilidade, nomeadamente as que se encontram em situação de sem abrigo, os menores que sejam vítimas de abandono ou maus-tratos, as vítimas de violência doméstica e as vítimas de discriminação ou marginalização habitacional” – esta é uma nova alínea acrescentada no artigo pelos socialistas.


PSD defende o aproveitamento de prédios públicos devolutos e apostar nos estímulos à construção privada

O projeto de revisão constitucional apresentado pelo PSD inclui 40 propostas nos 40 anos da revisão constitucional de 1982. E uma delas diz respeito à habitação: o partido liderado por Luís Montenegro quer criar uma “uma nova visão de promoção do acesso à habitação”, apresentando, para o efeito, alterações ao artigo 65º da Constituição portuguesa.


Portanto, para assegurar o direito à habitação, o PSD quer que ao Estado incumba:


"Programar e executar uma política de habitação inserida em planos de ordenamento geral do território e apoiada em planos de urbanização que garantam a existência de uma rede adequada de transportes e de equipamento social e salvaguardem os valores ambientais e paisagísticos e o património cultural;

Promover, em colaboração com as regiões autónomas e com as autarquias locais, a construção e requalificação de habitações económicas e sociais e aproveitar os imóveis públicos devolutos;

Estimular a oferta privada e cooperativa de habitação própria e arrendada e a sua construção ou requalificação, designadamente pela redução de burocracia e de encargos com origem em ações ou omissões de entidades públicas e pelo incentivo ao aproveitamento de imóveis devolutos;

Estimular a requalificação urbana" – uma nova alínea introduzida pelo partido social-democrata.

Além disso, quer alterar o ponto 3 do mesmo artigo para a seguinte redação: “O Estado promove o acesso à habitação própria e o mercado de arrendamento”.


No artigo 72.º da Constituição, que faz referência aos direitos da terceira idade, o PSD quer fazer alterações de forma que as pessoas idosas tenham direito a “condições de habitação e convívio familiar e comunitário que respeitem a sua autonomia pessoal e evitem e superem o isolamento ou a marginalização social”.


Chega quer o Estado e as autarquias com controlo “efetivo” do parque imobiliário

O Chega foi o primeiro partido a submeter o seu projeto de revisão constitucional na Assembleia da República, dando entrada no passado dia 6 de outubro e tendo sido admitido seis dias depois. No domínio da habitação, o partido de extrema-direita apresentou apenas uma alteração ao artigo 65.º da Constituição da República portuguesa. André Ventura quer acrescentar um ponto a este artigo que dá mais poder às instituições públicas para gerir o seu património imobiliário. “O Estado e as autarquias locais exercerão efetivo controlo do parque imobiliário”, lê-se na proposta.


BE quer novas “exigências” nas políticas públicas de habitação

O Bloco de Esquerda (BE) pretende que a Constituição possua “novas exigências nas políticas públicas de habitação e urbanismo”, indica no seu projeto de alteração à Constituição portuguesa. E, para isso, apresentou um conjunto de alterações ao artigo 65.º que diz respeito à Habitação e Urbanismo.


Em concreto, os bloquistas representados por Catarina Martins querem mudar logo o primeiro ponto deste artigo para a seguinte redação: “Todos têm direito, para si e para a sua família, a uma habitação de dimensão e acessibilidade física adequadas, em condições de eficiência energética, salubridade, higiene e conforto e que preserve a intimidade pessoal e a privacidade familiar”, referem na proposta.


E para assegurar o direito à habitação, o partido de extrema-esquerda quer que o Estado passe a ter responsabilidade de:


“Programar e executar uma política de habitação inserida em planos de ordenamento geral do território e apoiada em planos de urbanização que garantam a existência de uma rede adequada de serviço públicos essenciais, saneamento, transportes, equipamentos sociais e culturais, espaços verdes e a qualidade do ambiente urbano”;

“Estimular a reabilitação urbana, o acesso à habitação própria ou arrendada a preços não especulativos”.

Iniciativa Liberal propõe estímulos à construção privada

Também a Iniciativa Liberal (IL) apresentou a sua proposta de revisão à Constituição portuguesa na qual propõe uma alteração ao artigo 65.º “concentrando as incumbências do Estado na tarefa de assegurar o direito à habitação: o Estado ficará incumbido de estimular a construção privada e, quando necessário, promover a construção de habitações económicas e sociais, garantindo o acesso à habitação própria ou arrendada”.


Além disso, IL presidido por João Cotrim Figueiredo quer também revogar o terceiro ponto deste artigo, que diz o seguinte, na sua atual redação: “O Estado adotará uma política tendente a estabelecer um sistema de renda compatível com o rendimento familiar e de acesso à habitação própria”.


Livre quer assegurar condições dignas de habitação a todos

Na sua proposta de revisão constitucional, o Livre está entre os que propuseram alterações à habitação e urbanismo, mediante a apresentação de sugestões de mudança do artigo 65.º, tal como os restantes partidos que colocaram em cima da mesa projetos nesta matéria.


O partido liderado por Rui Tavares, com um único assento parlamentar, sugere acrescentar o seguinte ponto: “Todos têm direito a habitar num contexto territorial e social que assegure condições de salubridade, segurança, qualidade arquitectónica, urbanística e ambiental e integração social, permitindo a fruição plena da habitação e dos espaços e equipamentos de utilização coletiva, bem como o acesso a serviços públicos essenciais e às redes de transportes e comunicações, contribuindo para a qualidade de vida e bem-estar dos indivíduos e para a constituição de laços de vizinhança e comunidade, bem como para a defesa e valorização do território e da paisagem, a proteção dos recursos naturais e a salvaguarda dos valores culturais e ambientais”.

fonte: "idealista.pt" - "2022/11/29"


IX Concentraรงรฃo de Vespas em Resende
Por António Trindade 12 mai., 2024
IX Concentração de Vespas em Resende
Por António Trindade 10 mai., 2024
Reflexo do comportamento dos preços registados no último ano, a valorização homóloga das casas atingiu os 9,6% no primeiro trimestre do ano, ainda assim um abrandamento face aos 17,2% registados um ano antes. "Os preços de venda das casas em Portugal (Continental) subiram 2,2% no primeiro trimestre deste ano, face ao trimestre anterior. Trata-se de uma aceleração da variação em cadeia, comparando com a subida de 1,6% registada no final de 2023. De acordo com o Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário, esta variação trimestral é bastante inferior à que se registou um ano antes, de 4,3%, mas esta performance sinaliza uma reversão do padrão de suavização das subidas de preços sentido ao longo do último ano, a qual, a confirmar-se, contraria a expetativa dominante no mercado. De qualquer forma, em reflexo do comportamento acumulado dos preços ao longo do último ano, a valorização homóloga voltou a reduzir o ritmo, atingindo 9,6% em março de 2024. Este indicador fica 7,6 pontos percentuais abaixo da taxa de variação homóloga de 17,2% registada no 1º trimestre do ano passado. Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, explica em comunicado que “nos últimos três meses, o índice inverteu a trajetória de curto-prazo, alcançando uma variação trimestral de +2,2%, depois de ter este indicador em 1,6% em dezembro. Estes números confirmam os últimos resultados do Portuguese Housing Market Survey, refletindo um comportamento mais positivo da procura e trazendo as expetativas de vendas para terreno positivo. Espera-se que as taxas de juro comecem a cair nos próximos meses, e isso está a melhorar a confiança dos compradores, o que acaba por colocar pressão adicional sobre os preços”. De acordo com as projeções realizadas a partir das vendas reportadas ao SIR-Sistema de Informação Residencial, no 1º trimestre deste ano terão sido transacionados cerca de 34.300 fogos em Portugal Continental. Este volume supera em cerca de 5% a média de 32.800 vendas por trimestre registada em 2023, confirmando a trajetória de recuperação, lenta, mas consistente, da atividade que se faz sentir desde a segunda metade do ano passado. Em termos de preços, as vendas residenciais no território Continental realizaram-se por um valor médio de 2.447 euros/m² no 1º trimestre deste ano, posicionando-se em 3.413 euros/m² na habitação nova e em 2.326/m² na habitação usada." fonte: "publico.pt" - "2024/05/08"
Por António Trindade 06 mai., 2024
Taxas Euribor desceram para todos os prazos no mês de abril, trazendo alívio às prestações, revelam simulações. "As taxas Euribor continuam a dar sinais de descida, antecipando a flexibilização da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) prevista para junho. Estas são boas notícias para as famílias que estão a pensar contratar um crédito habitação a taxa variável em maio, já que as prestações da casa estão mais baixas face aos meses anteriores, tal como revelam as simulações do idealista/créditohabitação. Quem está a pagar um empréstimo habitação indexado à Euribor e tiver revisão da prestação este mês, também pagará menos. Descobre quanto. O balanço final de abril trouxe descidas para todos os prazos das taxas Euribor face ao mês anterior: Euribor a 12 meses : a média mensal de abril desceu para 3,703%, menos 0,015 pontos percentuais (p.p.) face a março (3,718%); Euribor a 6 meses : esta taxa mensal caiu para 3,838% em abril, um menor valor comparativamente com a de março (para 3,895%); Euribor a 3 meses : a taxa do prazo mais curto desceu para 3,885%, menos 0,038 p.p. do que no mês anterior (3,923%). Estes recentes recuos da Euribor em abril – que é usada para os créditos habitação contratados em maio – vêm antecipar a queda dos juros do BCE que está prevista para junho. O que “parece cada vez mais claro é que os cortes nas taxas estão ao virar da esquina”, assume David Brito, diretor-geral da Ebury Portugal, tendo em conta que o regulador europeu admitiu na reunião de abril que “está pronto para flexibilizar a política monetária na sua próxima reunião, em junho". “O banco sente-se encorajado pelo progresso da inflação na zona euro, que deverá abrir caminho a um primeiro corte de 25 pontos base na reunião de junho”, conclui o especialista em declarações ao idealista/news. Assim, “parece cada vez mais claro que as boas notícias para os titulares de crédito à habitação surgirão a partir de junho, uma vez que, juntamente com as reduções das taxas do BCE, haverá uma queda significativa da Euribor”, indica David Brito. Como ficam as prestações da casa em maio? Com estas novas descidas da Euribor, quem está a pensar comprar casa em maio com recurso a um crédito habitação a taxa variável vai pagar menos face a quem contratou no mês anterior. É isso mesmo que revelam as simulações do idealista/crédito habitação, tendo por base um novo empréstimo habitação de 150.000 euros, com spread de 1% e prazo de 30 anos: Crédito habitação com Euribor a 12 meses: quem avançar com o empréstimo em maio (que usa a média da Euribor de abril) vai pagar uma prestação de 777 euros no primeiro ano, menos dois euros que quem se antecipou e avançou com o financiamento em abril (779 euros). Crédito habitação com Euribor a 6 meses: a prestação da casa a pagar em maio e nos cinco meses seguintes será de 790 euros, menos seis euros face a quem contratou o empréstimo da casa em abril; Crédito habitação com Euribor a 3 meses: a prestação da casa desceu para 795 euros nos primeiros três meses do contrato, menos dois euros do que quem avançou com o crédito da casa em abril. “Além disso, quem tem de rever o seu crédito habitação, tanto anual como semestralmente, vai finalmente ver a sua prestação mensal baixar, uma vez que a Euribor há 6 e 12 meses era ligeiramente superior”, referiu ainda o diretor geral da Ebury Portugal. Em concreto, a Euribor a 12 meses de abril 2024 (3,703%) é 0,054 p.p. inferior do que há um ano (3,757%). E também a taxa a 6 meses (3,838%) caiu face à que estava seis meses antes, acima dos 4%. Assim, quem estiver a pagar crédito habitação a taxa variável (ou mista em período variável) também verá as suas prestações da casa baixar depois de serem revistas este mês. De notar que a dimensão da descida da prestação da casa dependerá do ano do contrato, bem como do capital em dívida, entre outros fatores. " fonte: "Idealista.pt" - "2024/05/03"
Por António Trindade 29 abr., 2024
Descobre as vantagens e desvantagens em comprar uma casa em planta. "A compra de imóveis em planta é uma forma de aquisição muito popular em Portugal, principalmente nas zonas urbanas. Esta é uma oportunidade de negócio muito vantajosa para os promotores, uma vez que, ao obter compradores numa fase inicial, conseguem retorno do financiamento já feito e podem aplicá-lo para financiar uma parte do projeto. Para quem quer comprar casa, os imóveis em construção podem ser opções mais acessíveis para a carteira das famílias, no entanto, há alguns cuidados que deves ter em atenção. Neste artigo, vamos mostrar-te todas as vantagens de desvantagens de comprar uma casa em planta. Comprar uma casa em planta: vantagens Comprar uma casa em planta pode ser a forma de garantir que conseguirás escolher exatamente aquele espaço que querias, e obteres uma casa que já tivesses idealizado na tua cabeça. Evitas restringires-te às opções disponíveis no mercado e podes construir a casa dos teus sonhos. A poupança é uma das vantagens que podes ter em optar por uma casa em planta, porque podes poupar um valor significativo. Um imóvel em projeto ou em construção é normalmente mais barato do que um já concluído. Ao adquirires uma casa nesta fase tem ainda mais margem para negociar o preço e podes contar com maior potencial de valorização. Ou seja, quando estiver concluído o imóvel vai valer mais. Outra vantagem que podes encontrar, é o facto de ser 100% novo. A casa que vais comprar vai ser estreada por ti e, sendo um imóvel ainda em construção, terá certamente os materiais e tecnologias mais recentes, por exemplo, em termos de insonorização ou de climatização. Se a casa vier a revelar defeitos está, por lei, abrangida pela garantia. Ao comprares a casa em planta terás a possibilidade de escolher a casa dos teus sonhos. Nesta fase, é possível escolheres acabamentos, por exemplo, em termos de cores de paredes ou pavimentos. E tens mais tempo para encontrar os móveis e outros objetos de decoração. Os pagamentos faseados fazem parte das vantagens e dão a possibilidade de juntares dinheiro para ir saldando esses compromissos. Numa fase muito inicial deves pagar o sinal, para reservar o imóvel. Depois, ao assinares o contrato promessa compra e venda, são estabelecidos outros pagamentos. Uma casa em planta permite que tenhas o tempo necessário para planear uma mudança de casa. Como sabes, é uma fase sempre muito stressante, no entanto, se for planeada com tempo evitas grande parte do stress e tens tempo para planear tudo ao pormenor. Desvantagens e riscos de comprar uma casa em planta Um dos grandes receios de quem compra uma casa em planta é que não fique da forma que foi idealizada. Por isso, damos-te a conhecer algumas desvantagens, para que possas tomar a decisão de forma consciente. Conclusão da obra por por dificuldades financeiras da empresa construtora ou do promotor. Apesar de ser um receio comum, não é algo que aconteça de forma recorrente. No entanto, o conselho que te podemos dar é, informares-te sobre a solidez da empresa e procurares algum feedback sobre essa empresa; Atrasos na finalização da obra. Para assegurares os teus direitos deves certificar-te que existe uma cláusula no CPCV que te garanta a possibilidade de receberes indemnizações por incumprimento de prazos; O resultado final não estar de acordo com o que foi idealizado. É um medo comum de quem realiza este tipo de investimento e, como tal, deves certificar-te de que compreendes todas as informações que constam na planta. Documento escrito e válido: porque é importante? Ter um documento escrito e assinado por ambas as partes é a melhor forma de salvaguardar os direitos no caso de alguma coisa correr menos bem. O documento deve, sempre, mencionar os prazos de entrega e de pagamento, bem como eventuais indemnizações no caso de incumprimento de alguma das partes. Crédito financeiro é possível para casas em construção? É possível. Contudo, como é prática comum em qualquer contrato de crédito habitação, o financiamento bancário geralmente não cobre a totalidade do valor do imóvel. Portanto, é aconselhável ter uma reserva financeira para complementar o valor do imóvel e realizar adiantamentos, se necessário. Caso não possua essa reserva, será necessário procurar uma alternativa. Se houver margem no orçamento, é recomendável utilizar recursos próprios para efetuar os adiantamentos e recorrer ao crédito apenas para situações imprevistas e para a conclusão do processo de compra." fonte: "idealista.pt" - "2024/04/29"
Por António Trindade 24 abr., 2024
A necessidade de descarbonização do imobiliário está a dar o pontapé de saída para a renovação de muitas habitações, em muitos casos, com fundos públicos disponíveis para esse investimento. Instalar janelas eficientes é uma oportunidade para tornar estas casas não só mais confortáveis, mas também mais seguras. "Na hora de tornar a casa mais segura, a instalação de janelas eficientes é uma das mudanças mais eficazes que se pode fazer, com todas as melhorias que isso traz também ao nível do conforto, da acústica e da eficiência energética. A ANFAJE – Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes apela a que a acústica e a segurança não fiquem de parte quando se tomam decisões sobre estes investimentos. Em entrevista ao Público Imobiliário, João Ferreira Gomes, presidente da associação, recorda que uma janela eficiente “não é apenas boa para melhorar as condições térmicas e acústicas de uma casa, com o mesmo investimento podemos conseguir também segurança antirroubo. É fundamental considerar a substituição de janelas quando se faz hoje um investimento na habitação”. A eficiência energética está longe de ser a única vantagem de uma janela eficiente. “As pessoas já têm noção da necessidade de substituir janelas más, e devem agora ter também atenção ao fator da segurança, que deve estar associado à térmica e à acústica. A população já tem alguma sensibilidade em relação às necessidades de segurança antirroubo das portas da habitação, e conhece as portas blindadas, por exemplo, mas ainda há muito desconhecimento sobre o papel que uma janela eficiente pode ter na questão da segurança antirroubo”. Além disso, é mais eficaz investir primeiro em janelas mais eficientes, antes de instalar um sistema de alarme, por exemplo. “É fundamental garantir que a casa tem um conjunto de boas janelas eficientes, para que quem vai assaltar não tenha a vida facilitada”, principalmente tendo em conta que “janelas antigas, de correr, com vidro simples, como as que temos na maior parte dos nossos edifícios em Portugal, são muito fáceis de penetrar, mesmo que o alarme toque, o ladrão já pode estar lá dentro, mas se a casa tiver também janelas eficientes, será muito mais difícil entrar”. O papel das janelas eficientes passa por tecnologia e mecanismos que impedem os eventuais assaltantes de entrar rapidamente em casa, principalmente no caso das moradias térreas, que representam a maior parte das habitações do país. Dificultar a intrusão contribui para ganhar tempo precioso, durante o qual se pode ter reação ou pedir ajuda. Ou pode, simplesmente, dissuadir quem procura um alvo mais fácil: “os ladrões tendem a escolher a solução mais fácil e mais rápida, com janelas mais fáceis de arrombar. Com janelas eficientes, estamos, no fundo, a ganhar tempo para proteger a nossa casa, no caso de ela ter sido a escolhida”. Uma oportunidade única para tornar o parque edificado português mais seguro A onda de renovação do parque edificado habitacional europeu que agora começa é uma oportunidade única para tornar as habitações não só mais sustentáveis e neutras em carbono (como assim as metas europeias definem), mas também mais seguras, já que as janelas eficientes respondem a todas estas necessidades. Para cumprir os objetivos europeus e nacionais de descarbonização da economia e do imobiliário, já estão em campo vários programas de apoio à renovação de edifícios, como o Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, ou o Vale Eficiência, que se centram, sobretudo, na melhoria do conforto térmico e da eficiência energética. Mas a ANFAJE recorda que há que não esquecer também a componente acústica e a segurança, para não perder esta “oportunidade única” de reabilitação e de melhoria das condições de vida de todos. “O investimento que vai ser feito pode incluir logo todas estas melhorias”. E João Gomes garante que “atualmente, a maioria das janelas eficientes que se produzem e instalam já têm um nível de eficácia bastante elevado quanto à segurança antirroubo”, por isso o investimento não é muito superior ao da instalação de uma janela termicamente eficiente, por exemplo. João Ferreira Gomes ressalva que não se quer incentivar o medo: “tendo em conta que 3,5 milhões de casas em Portugal têm janelas ineficientes, queremos tentar que o investimento na substituição dessas janelas seja feito já com soluções que contemplem também soluções antirroubo”. Na altura de substituir janelas, “os cidadãos devem solicitar às empresas do setor, janelas dotadas de sistemas de ferragem, pontos de fecho, fechaduras mais seguras, que possam dar à janela uma maior robustez na questão da segurança antirroubo”. Empresas estão especializadas e preparadas para responder a estas necessidades " As empresas especialistas no fabrico de janelas eficientes estão “perfeitamente preparadas” para acompanhar este desafio de renovação dos edifícios, com soluções que vão permitir mais conforto e segurança numa casa mais sustentável. Segundo João Ferreira Gomes, há que procurar soluções como ferragens específicas antirroubo, com vários pontos de fecho e classificações RC2 com vidro laminado, um exemplo de solução antirroubo, difícil de quebrar mas também acusticamente mais eficiente. É necessária mais divulgação e sensibilização das seguradoras O presidente da ANFAJE acredita que também as seguradoras têm de estar mais sensibilizadas e abertas para este tema, e deveriam adotar modelos de desagravamento do custo dos seguros antirroubo da habitação semelhantes aos que já existem noutros países europeus, como no Reino Unido. João Ferreira Gomes acredita que “isto acontecerá certamente por desconhecimento das seguradoras, e esperamos que em breve estejam atentas a esta questão e que, em conjunto [ANFAJE], possamos chegar a uma solução que permita desagravar as apólices dos seguros. Apelamos a que as seguradoras desenvolvam comunicação connosco, para que os seus clientes tenham este benefício. É por aí que devemos começar”. Por outro lado, a ANFAJE está apostada em reforçar a sensibilização e a disseminação de informação junto do cliente final, numa altura em que o grande foco do setor é a eficiência energética, “até porque os apoios concedidos no âmbito dos programas públicos têm sido nesse âmbito”. Por isso, “a segurança antirroubo tem ficado um pouco de lado”. Assim, a ANFAJE “cada vez mais comunicará esta temática, explicando o porquê da necessidade de substituir janelas de má qualidade, e vai focar-se não só na questão da térmica e da acústica, mas também na questão da segurança antirroubo”." fonte: "publico.pt" - "2024/04/24"
Por António Trindade 19 abr., 2024
Garantir que os principais sistemas do negócio imobiliário estão sólidos e bem definidos é o primeiro passo. Tecnologia vem depois. "A adoção do uso de Inteligência Artificial (IA) no dia a dia dos negócios, como catalizador de produtividade, é cada vez mais uma realidade, e à semelhança das restantes áreas económicas também no setor imobiliário vai tornar-se indispensável, em articulação com a ação humana. O investimento em tempo, recursos e dinheiro é assim necessário, porque munidos com as ferramentas tecnológicas corretas, os agentes imobiliários podem focar-se nos elementos humanos da operação que são essenciais para o sucesso no mercado: clientes e relação, tal como explica Massimo Forte, consultor, coach, formador especializado em imobiliário. Afinal, antes da tecnologia, é preciso garantir que se faz o “básico, bem-feito”. “2023 foi sobre o uso da IA. 2024 é sobre usá-la melhor”. A frase é de Sheula Reddy, CEO da Mosaik, e foi dita no Inman Connect, no início deste ano, nos EUA, onde o especialista esteve presente. Neste artigo preparado para o idealista/news, Massimo Forte desenvolve porque é que esta ideia “resume muito bem o desafio tecnológico que a mediação imobiliária enfrenta”. O tema mais abordado no evento, que junta todos os anos, em Nova Iorque, tecnologia, empreendedorismo e mediação imobiliária, para vários dias de networking intensos, foi precisamente o da inteligência artificial, explicado de forma simples e prática e orientado para o que de facto já se pode fazer hoje, com resultados comprovados, e o que se poderá vir a fazer no futuro. Sem esquecer as raízes e a essência de um negócio que será sempre de pessoas para pessoas. IA ao serviço da mediação imobiliária Exemplos de ferramentas que usam IA para melhorar a produtividade: ChatGPT. Responde a perguntas, constrói e adapta conteúdo através de um bot; Opus-Clip. Faz vídeos longos a partir de vídeos curtos; Descript. Edita vídeos gerando clones de voz; Tactiq. Gera transcrições e resumos automáticos de reuniões em vídeo; Adobe Firefly. Cria imagens e ilustrações a partir de uma descrição; Durable. Constrói um website em 30 segundos; Remini. Edita fotos como se fossem de estúdio de pessoas e marcas; Alwrite. Converte vídeos em artigos textuais; Heygen. Transforma texto em vídeos narrados por uma pessoa gerada por IA; Tome. Cria automaticamente apresentações (slides); Designrr. Cria e-books e outros materiais de apoio. No evento a que Massimo Forte assistiu, foi possível conhecer várias ferramentas de contacto inicial para qualificação do potencial cliente que recorrem a bots para iniciar o diálogo com texto pelo chat, ou por voz, levando o prospect a responder de forma “natural” a uma pré-qualificação mais assertiva e com uma taxa de conversão muito elevada para condução para uma reunião física na loja, no escritório ou outro local com o potencial comprador, ou para uma primeira visita de angariação no imóvel, com o potencial cliente vendedor. Poupa tempo ao agente imobiliário e ao cliente e faz a separação entre clientes que precisam mesmo de comprar ou vender, ou aqueles que ainda não estão preparados para o fazer, mas poderão estar mais tarde e podem desta forma ser seguidos de forma eficaz via sistemas de CRM cada vez mais avançados e preditivos. Há ainda muitas ferramentas que não estão disponíveis para o mercado português, mas outras que já estão entre nós e podem começar a fazer parte das rotinas e processos de otimização de tempo, como por exemplo o ChatGPT. Especificamente, para profissionais de mediação imobiliária, já há ferramentas que hoje permitem a automação de algumas tarefas que permitem poupança em recursos humanos, tempo e dinheiro, como por exemplo: análise comparativa de mercado; elaboração de copyright para anúncios, seja para os portais como para redes sociais; preparação de apresentações de serviço, entre outras atividades. Garantir que se faz “o básico, bem-feito” Mas antes de se lançar e aprofundar no conhecimento, adoção e utilização de novas tecnologias, há que garantir que se faz “o básico, bem feito”, ou seja, há que garantir que os principais sistemas do seu negócio de mediação imobiliária estão sólidos e bem definidos, porque só assim o agente poderá perceber o que o pode ajudar a ter melhor informação, melhor produtividade e por isso, melhores resultados. Tendo como foco o cliente, Massimo Forte recorda que é importante formalizar e cuidar dos pilares do projeto de mediação. Avaliar de forma organizada os seus sistemas e processos e perceber onde se pode incluir tecnologia para ajudar o negócio: Pessoas e Cultura; Marketing e Branding; Operações; Jurídico; Financeiro. É igualmente importante incluir análises SWOT regulares onde se definem e avaliam forças, fraquezas, oportunidades e ameaças para uma melhoria contínua dos sistemas e processos. Depois da adaptação, o grande desafio será o da adoção para utilização das ferramentas tecnológicas com base em IA. A tendência, principalmente no marketing e na comunicação, é pensar que estas ferramentas vão fazer tudo sozinhas e que bastará depois aplicar. Segundo os especialistas, não é bem assim, até porque se assim for, corremos o risco de não se criar diferenciação na essência de marca e comunicação. Cuidar da jornada de cliente pré e pós-compra, perceber em que pontos os agentes podem manter-se na mente dos clientes antes, durante e depois da operação, durante os anos seguintes, é fundamental. Com isso, a probabilidade de receber referências de clientes satisfeitos aumenta substancialmente e otimiza o esforço e custo por contacto com taxas de conversão mais elevadas que qualquer outra campanha. “Automatizar o processo, mas não a mensagem” Além de especialistas em IA, o evento também contou com a partilha de especialistas em marca pessoal que alertaram que a inteligência artificial veio para facilitar as tarefas, e não para as substituir, reforçando que os agentes imobiliários são marcas pessoais, e não marcas genéricas. É por isso que o foco deve estar em automatizar o processo, mas não a mensagem. Há que olhar para os resultados que as ferramentas produzem, refinar e depois saber como aplicar a sua essência para a diferenciação da sua comunicação de forma multidimensional. É fundamental que os profissionais e as marcas do mercado imobiliário criem as suas próprias mensagens, mostrem a sua essência, o seu dia a dia, o que as distingue e caracteriza para além da operação, e que depois aprendam a treinar a IA para entender completamente o seu negócio, os seus objetivos e a sua marca. Se não o fizerem, serão apenas mais um a comunicar a mesma coisa que milhares. Para finalizar, e pensando que a tecnologia através das suas várias ferramentas vão tornar o agente imobiliário cada vez mais eficiente, a pergunta que se coloca é: o que fará o agente com o tempo disponível? O negócio continuará a ser de pessoas para pessoas, e assim sendo, a relação humana para se posicionar, prospetar, aconselhar, acompanhar, negociar e seguir, será o foco para o novo tempo disponível do agente imobiliário que pretende dedicar-se ao que neste negócio importa: angariar para vender." fonte: "idealista.pt" - "2024/04/19"
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