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NOTÍCIAS | Agentes imobiliários: quais os impactos da profissão na saúde mental?

Players da mediação imobiliária, psicólogos e empresas de recursos humanos refletem sobre efeitos do stress e pressão no trabalho.



"A profissão de agente imobiliário foca-se numa experiência diária de atividades exigentes e desgastantes, que requer grande capacidade para conciliar várias responsabilidades e ser multifacetado, em diversos momentos. E num mercado cada vez mais “feroz” e competitivo, onde é preciso gerir a incerteza e expectativas, o stress e a pressão por resultados, o equilíbrio emocional é fundamental. A exigência da atividade de mediação imobiliária coloca, por isso, vários desafios aos profissionais do setor, também no que diz respeito à saúde mental. E se no caminho para o sucesso a resiliência e esforço são essenciais, o bem-estar pessoal e profissional é cada vez mais importante e valorizado.


 idealista/news ouviu vários players do setor da mediação imobiliária, psicólogos e empresas especializadas em recursos humanos, procurando entender que efeitos pode ter o desgaste da profissão na saúde mental dos profissionais do setor. O tema da saúde mental ainda é ‘tabu’? Estarão as empresas mais preparadas para dar resposta a este desafio? O burnout é uma realidade? E que ferramentas existem para lidar com estas dificuldades? Há interesse das empresas em criar programas de apoio aos colaboradores? Que desafios enfrentam os agentes imobiliários?



Saúde mental: o “preço a pagar” pelo sucesso?

Os desafios colocados pela pandemia e a crise socioeconómica, desencadearam profundas e rápidas mudanças laborais que agravaram os riscos pré-existentes e colocaram em evidência a relevância da saúde psicológica e do bem-estar dos trabalhadores e empresas. O stress e problemas de saúde mental são, portanto, transversais a diferentes profissões e setores de atividade, de que é exemplo o imobiliário.


Uma das conclusões do último estudo "Prosperidade e Sustentabilidade das Organizações – Relatório do Custo do Stress e dos Problemas de Saúde Psicológica no Trabalho" elaborado pela Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), divulgado no ano passado, revela que os riscos psicossociais e a falta de saúde mental no trabalho “não têm apenas um custo humano enorme, mas também um impacto imenso na sociedade e na economia”.


O relatório vem dar a conhecer que a perda de produtividade devida ao absentismo e ao presentismo causados pelo stress e outros problemas relacionados com a saúde mental custaram às empresas portuguesas até 5,3 mil milhões de euros por ano, uma vez que se estima que, em Portugal, os trabalhadores faltem devido a estes fatores até oito dias por ano e o presentismo (quando os trabalhadores vão para o seu local de emprego, mas funcionam abaixo das suas capacidades) possa ir até 15,8 dias. No total, a perda de produtividade pode custar às empresas portuguesas até 1,4% do seu volume de negócios, sendo que investir na saúde mental pode aumentar 30% a produtividade. 


"Sem dúvida que a excessiva carga de trabalho é um dos principais desafios de hoje em dia. Sabemos que os trabalhadores portugueses (a tempo inteiro) trabalham mais horas do que a média europeia. Mas temos outros: o trabalho por turnos, as dificuldades de conciliação entre as várias esferas da vida, a falta de progressão na carreira, os baixos salários, a precariedade e insegurança laboral, entre tantos outros que contribuem diariamente para o aumento dos níveis de stress e de ansiedade dos trabalhadores", refere Joana Lopes, psicóloga e consultora da Happytown Portugal.


“A saúde deve ser uma preocupação das empresas hoje em dia. Saúde física e mental. A célebre expressão do “eu pessoal” e do “eu profissional” tem cada vez mais terreno. Por muito que possamos, enquanto indivíduos, separar os dois mundos, eles unem-se nas necessidades que vamos tendo ao longo da vida. Não entrando na intimidade de nenhum trabalhador, a empresa tem de estar atenta às necessidades que possam surgir, principalmente as menos visíveis”, defende por outro lado Paula Lampreia, people & culture director da Randstad Portugal.


A responsável cita o estudo do Global Talent Trends (2022-2023) realizado pela Mercer, que indica que 81% dos colaboradores sente estar em risco de burnout e que 80% dos colaboradores tem pelo menos um sintoma de burnout. “Este tema é real? É! Por muito que possamos tentar não fazer uma associação direta é também factual que somos um dos países da Europa em que se trabalha mais horas durante o dia de trabalho. Ou seja, a maior parte do nosso tempo útil é dedicado ao trabalho. Juntando esta realidade ao aumento do custo de vida, às condições sócioeconómicas nacionais, às condições salariais, que mesmo que numa maioria sejam condignas estão abaixo da média europeia, podemos estar a criar uma “tempestade perfeita” para o aumento de sintomas de exaustão”, argumenta.


Vânia Borges, diretora de recursos humanos do Grupo Adecco, considera que atualmente “existe uma maior compreensão do real impacto que a saúde tem no desempenho dos colaboradores e na forma como os mesmos encaram o trabalho e consequentemente nos malefícios que traz para a equipa e empresa”, e lembra que “programas eficazes de prevenção nesta área permitem reduzir o absentismo, aumentar a produtividade e reter talentos”. “Quando empresas e colaboradores estão de mãos dadas, todos saem a ganhar. É, sem dúvida, um win-win”, defende.


"É importante reconhecer que os problemas relacionados ao stress e ansiedade existem e podem afetar qualquer um de nós. São mais comuns do que aquilo que podemos pensar. Precisamos de falar sobre isso, e de formar os trabalhadores e as lideranças para saberem identificar sinais de alarme e agir em caso de sentirem desafios ao nível da saúde psicológica, ou caso identifiquem esse desafio naqueles que lhes são próximos", acrescenta a psicóloga Joana Lopes.



Fazer carreira no imobiliário: como lidar com o stress e pressão?

Sendo a mediação imobiliária uma área de negócio de natureza competitiva, onde há muita concorrência, como é que ao longo dos anos, as “caras” de grandes empresas lidaram com a pressão, stress e ansiedade inerentes à profissão? Ser CEO traz maior responsabilidade? Como enfrentaram os obstáculos?


  • Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal
“Não foi e nem tem sido fácil lidar com a pressão, o stress e a ansiedade. É uma luta que diria quase diária, atendendo à dimensão da rede, à urgência das situações e às exigências que as minhas funções impõem. Ao longo dos anos tenho procurado definir objetivos e metas alcançáveis e gerir da melhor forma o meu tempo, de modo a diminuir a ansiedade. Por outro lado, como sou uma pessoa muito organizada e muito automotivada, creio que tal me tem ajudado a ultrapassar a pressão. Sempre que posso, dedico parte do tempo à minha família e às minhas amizades, aos meus hobbies e aos meus gostos pessoais. Tenho procurado, também, manter hábitos saudáveis, como a prática de exercício físico e de atividades relaxantes tão simples, mas tão boas, como passear. Todas elas ajudam-nos a combater o stress”, explica Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal.


  • Patrícia Santos, CEO da Zome
Patrícia Santos, CEO da Zome, diz que ao longo da sua jornada na mediação imobiliária – que começou na gestão de uma pequena empresa – enfrentou o desafio comum a empreendedores: a delegação de tarefas, equilibrando-a com o desenvolvimento e formação da equipa. Como empresária, percebeu a importância de investir no seu crescimento pessoal para liderar com eficácia. “Esta jornada não foi apenas profissional, mas também pessoal, procurando sempre melhorar as minhas competências para impactar positivamente a vida daqueles ao meu redor. Acredito que para mudar vidas, é crucial evoluir e aprender continuamente”, explica. Para relaxar, acrescenta, cultiva hobbies como a corrida, canto e leitura, “atividades não só proporcionam um escape, mas também contribuem para o meu equilíbrio emocional e mental”.


  • Guida Sousa, Diretora Coordenadora Nacional da Decisões e Soluções
Para Guida Sousa, diretora coordenadora nacional da Decisões e Soluções, “em qualquer setor de atividade há sempre competição, o que é saudável”. Ao longo destes 10 anos, reconhece que sentiu verdadeiramente stress e ansiedade na pandemia, dadas as circunstâncias difíceis no qual as nossas equipas tiveram de trabalhar. “Trabalhando com objetivos, a pressão, o stress e a ansiedade fazem parte da equação. Para lidar com estas variáveis fui “obrigada” a adotar algumas estratégias, pois caso contrário seria muito difícil resistir, física e mentalmente”, sublinha. Para esta responsável, tornou-se cada vez mais importante investir no autoconhecimento, reconhecendo os seus limites e percebendo como reage ao stress; procurar equilibrar a vida profissional e pessoas para evitar o esgotamento, dedicando tempo a atividades que proporcionam lazer; estabelecer metas realistas; cultivar redes de apoio e investir no autocuidado; além de definir limites e aprender a dizer não.


  • Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal
Também para Ricardo Sousa, CEO da Century 21 Portugal, enfrentar a pressão e o stress inerentes à profissão de mediação imobiliária, foi um “desafio constante”. “A chave para gerir estas emoções tem sido a combinação de um forte apoio da equipa, da minha família e, naturalmente, conseguir sempre que possível adotar um estilo de vida saudável e equilibrado. Considero que a autenticidade no trabalho e nas relações profissionais tem sido outro pilar fundamental. Permitir-me ser genuíno e, quando necessário, mostrar vulnerabilidade, criou uma conexão mais forte com a minha equipa e com os nossos clientes. Esta abordagem humanizada no mundo dos negócios é essencial para criar um ambiente de trabalho positivo e produtivo”, defende o mediador.


  • Alfredo Valente, CEO da iad Portugal
Alfredo Valente, CEO da iad Portugal, reconhece que à “cara” da empresa se exige “particular preparação e treino para lidar com esses fatores para, por um lado, poder em cada momento tomar as melhores decisões e, por outro, ser fonte de inspiração para os que o rodeiam”. E para isso, conta, é preciso estar rodeado de uma equipa sólida e competente, capaz de antecipar cenários, projetar tendências e definir planos para lidar com as diversas circunstâncias de mercado. Também para ele a pandemia foi “um dos momentos de maior aprendizagem”. “Desafiou tudo aquilo que conhecíamos, tudo o que estava escrito nos manuais. Sendo certo que se ficamos mais preparados depois desta experiência, ficamos também mais alerta e menos ‘seguros’, o que nos torna mais vulneráveis, sendo por isso fundamental estar atento aos sinais de ‘perigo’ resultantes do ‘stress’ e ‘ansiedade’”, refere.


“A empatia é, hoje em dia, um dos atributos fundamentais no mundo corporativo. Só assim garantiremos que os que nos rodeiam estão a cada momento nas melhores condições para enfrentar os desafios”, sublinha o gestor do setor imobiliário.



Os principais desafios dos agentes na atualidade

Garantir o bem-estar físico e mental dos agentes imobiliários é crucial, mas a rotina e stress diários podem mesmo “atrapalhar” o equilíbrio necessário entre a vida profissional e pessoal. É preciso foco e disciplina, e ao mesmo tempo garantir que há espaço para a família, amigos e outras atividades de lazer. Fazer carreira no imobiliário é, também por isso, desafiante. E em alguns casos dar lugar a um estado de exaustão mental e emocional.


Ricardo Sousa considera que o modelo de negócio proporciona um elevado nível de autonomia, permitindo uma gestão eficaz do tempo, mas reconhece que a “pressão financeira é um fator de stress considerável, especialmente para aqueles sem estabilidade económica”. “Sendo os rendimentos inteiramente variáveis, os agentes podem enfrentar incertezas financeiras, o que requer uma gestão cuidadosa e uma atitude resiliente perante os altos e baixos inerentes à profissão”, diz.


Outros dos principais desafios, segundo Alfredo Valente, está relacionado com “as flutuações do mercado, com momentos de maior e menor atividade, e uma forte concorrência”. “Após um ciclo muito positivo pode ser desafiante encarar um período de maior dificuldade nas angariações ou na concretização de negócios, por exemplo, o que pode provocar alguma desmotivação ou ansiedade. Falamos frequentemente, a este respeito, no efeito “elevador emocional”, já que tipicamente a vida de um consultor imobiliário oscila entre momentos de sucesso, na sequência de uma boa transação ou angariação, e momentos de frustração, quando uma proposta não é aceite, por exemplo”, explica.


Patrícia Santos lembra ainda que a necessidade de lidar com clientes em diferentes fases emocionais da compra ou venda de propriedades “adiciona complexidade ao trabalho”. “A capacidade de gerir expectativas, resolver conflitos e manter um equilíbrio emocional é crucial. Os picos de trabalho, especialmente em momentos de maior procura, também podem levar à exaustão e desafiar a saúde mental”, destaca a responsável, para quem a pressão por resultados, o medo da rejeição, a volatilidade do mercado e a rápida evolução tecnológica se apresentam como outros fatores que podem gerar stress e ansiedade.


Há desafios que podem variar de acordo com a experiência e a personalidade de cada consultor imobiliário, mas tendem a ser comuns na atividade imobiliária como um todo, na visão de Guida Sousa. De acordo com a mediadora, os principais desafios psicológicos enfrentados pelos agentes imobiliários, são diversos e de várias ordens: desde lidar com a pressão e stress inerente às negociações; lidar com o fracasso e rejeição, seja de clientes que decidem não fechar o negócio em curso ou de concorrência acérrima com outros colegas; manter a motivação e perseverança num mercado em constante mudança; encontrar tempo para cuidar da profissão e dos interesses pessoais; gerir a competitividade e comparação constantes.


Além disso, diz Beatriz Rubio, é importante desenvolver uma relação saudável com os clientes “saber interagir e comunicar com os restantes profissionais do setor, assim como obter mais informação sobre o mercado (pois está mais disponível do que nunca), sem se deixar abater pelos muitos insucessos, revezes e contratempos que o consultor vai tendo no dia à dia”.


Num artigo de opinião recente, Francisco Mota Ferreira, consultor e autor de livros sobre investimentos e imobiliário, lembra que um agente tem de “aprender a lidar com a natureza competitiva e muitas vezes imprevisível do mercado imobiliário” muito rapidamente, algo que “coloca o stress e a adrenalina em níveis muito elevados”. “Junte-se a isso a pressão para fechar negócio (e a frustração de não o conseguir fazer), atingir metas (todos nós queremos anunciar que somos o melhor da nossa rua) e lidar com as flutuações do mercado para que a estabilidade emocional possa ser afetada. Claro está que, no reverso da medalha, se não estamos bem e não conseguimos lidar com o constante nível elevado de stress, isso pode afetar a nossa capacidade de desempenho, comunicação e tomada de decisões, potencialmente comprometendo a qualidade do serviço prestado e a confiança dos clientes”, defende.



Aumentar o bem-estar no trabalho: medidas preventivas

Para Paula Lampreia, da Randstad Portugal, os riscos de saúde física e mental existem em qualquer profissão, sendo essencial criar condições laborais que permitam que os colaboradores “trabalhem sentindo-se bem, integrados, em condições dignas e com uma realidade de trabalho que cumpre para além de critérios legais, critérios morais, para que estes riscos não sejam criados pela própria empresa e quem caso existam, possam ser acompanhados, compreendidos e que sejam assegurados todos os recursos que permitam salvaguardar a posição do colaborador num momento de recuperação/cura”.


“Falamos muito da importância da escuta ativa e de facto, acreditamos que criar mecanismos que permitam que os trabalhadores apresentem a sua visão, falem sobre os temas que mais os desafiam, criando canais de comunicação que garantam a confidencialidade necessária e potenciem a segurança psicológica, são potenciadores de equilíbrio, de sentido de pertença e bem-estar”, refere a especialista em recursos humanos.


Vânia Borges, do Grupo Adecco, considera que existem algumas medidas preventivas que as empresas podem adotar, seja qual for a área de negócio, para que a saúde das pessoas seja preservada. “Para além da consulta anual de riscos profissionais e da avaliação dos riscos psicossociais que são fundamentais para percebermos como estão as equipas a sentir-se nestas áreas, é importante que a empresa esteja atenta a melhorias físicas no posto de trabalho, como postos de trabalho ergonómicos, por forma a prevenir lesões musculares e também outras medidas ao nível de bem-estar, como a implementação de políticas de flexibilidade horária, promoção de um ambiente profissional saudável, promoção da atividade física, acesso a programas de saúde mental, entre outros. Cada vez mais esta é uma preocupação das empresas que deve ser olhada com a atenção merecida”, explica.


As profissionais de talentos confirmam que há um interesse cada vez maior por parte das empresas, na sua generalidade, em criar programas de apoio aos colaboradores, tendo em vista a prevenção da degradação da saúde mental das suas equipas. E a especialista da Adecco dá como exemplo empresas que permitem ao colaborador escolher os benefícios que lhe são mais vantajosos, mediante um leque previamente disponibiliza, podendo escolher entre horários flexíveis, horas de ginásio, consultas de especialidade, horas de descanso, acordos com entidades, entre outros, lembrando sempre que nem tudo serve para todos e que, portanto, é importante estar atento às necessidades individuais.


Uma visão partilhada por Paula Lampreia. A responsável da Randstad conta que já há muitas empresas a investirem parte do seu ‘budget’ em iniciativas que promovam o bem-estar dos colaboradores, “que podem ir desde a promoção do bem-estar físico (ginásio, aulas de grupo, aulas online de várias modalidades, nutrição) passando pelo bem estar mental (consultas de psicologia) mas chegando hoje também ao bem-estar ao nível da segurança financeira através do coaching financeiro, aulas de economia doméstica, entre muitas outras soluções”.


“Acredito que existe uma cada vez maior preocupação das empresas no apoio aos colaboradores. Porque se começaram a trazer temas que antes eram tabu para a mesa das reflexões de liderança”, sublinha.  


A psicóloga Joana Lopes aponta três passos fundamentais para apoiar a saúde mental nas empresas:

  • Recolher informação de forma periódica e objetiva sobre a saúde psicológica dos elementos da organização/empresa, bem como sobre os fatores de risco psicossociais;
  • Desenvolvimento e implementação de ações concretas. Estas ações devem ser sempre personalizadas em função dos dados obtidos e da cultura organizacional. Exemplos de ações podem ser a oferta de oportunidades de desenvolvimento profissional e pessoal, a promoção do equilíbrio entre as várias esferas da vida (pessoal, profissional e pessoal), a promoção de estilos de vida saudáveis (alimentação, desporto, sono), a oferta de consultas de psicologia ou de seguro de saúde com essa cobertura, a sensibilização e formação na área, a promoção da autonomia dos trabalhadores, a adequação do trabalho e respetiva carga às necessidades e competências individuais, entre outros.
  • Avaliar as ações implementadas e perceber se as mesmas se repercutem em melhorias ao nível da diminuição dos fatores de risco e da melhoria dos níveis de bem-estar e saúde mental dos trabalhadores.
Joana Luz, especialista em felicidade organizacional, direcionada para o ramo imobiliário, defende ser fundamental "trabalhar a autocompaixão" no setor. "A autocompaixão é uma prática que pode ser e deve ser implementada para apoiar a saúde mental nos profissionais imobiliários. Autocompaixão, trabalhar a resiliência, aprender a lidar com o não, aprender a trabalhar também a compensação de emoções positivas com emoções negativas", sublinha. Além disso, defende, é igualmente benéfico trabalhar o autoconhecimento. "Quanto mais os consultores imobiliários se conhecerem, quanto mais ferramentas tiverem para eles próprios, mais facilmente vão conseguir lidar com as adversidades do dia a dia".



Apoios aos agentes imobiliários: quais as práticas das empresas?

O idealista/news procurou saber, junto dos players de mediação imobiliária, se a saúde mental é uma preocupação nas suas empresas, e se têm algum tipo de programas/políticas de apoio e/ou formação nesse sentido:

  • Na iad Portugal, diz Alfredo Valente, procura-se dar mais autonomia e liberdade aos consultores, sempre com apoio especializado, não só em termos operacionais como de mentoria, e formação permanente. “Estamos sempre atentos ao percurso de cada pessoa, à sua evolução e aos seus desafios, e procuramos disponibilizar os recursos que mais a possam ajudar a manter-se motivada e bem-sucedida, com um bom equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Embora sejamos uma rede 100% digital, possuímos também, além da nossa sede, quase 30 polos de formação iad que nos permitem acolher e promover um contacto muito próximo com os nossos consultores”, indica, acrescentando que, paralelamente, desenvolvem ações de teambuilding e eventos informais com os consultores, incentivando a rede também a fazê-lo junto das suas equipas.
  • Para Beatriz Rubio, a saúde é uma preocupação desde o seu primeiro ano e acredita que esta posição é extensível a muitas outras empresas e marcas, “porque é inconcebível objetivar excelentes resultados, sem levar em consideração a saúde e o estado psicológico das pessoas”. “A Remax é uma marca com muitas empresas e muitas realidades, pelo que ser-me-ia quase impossível detalhar todas as medidas e ações que tomamos, mas uma boa parte delas incide sobre a motivação, o convívio e o reconhecimento como meios de integração dos agentes e restantes profissionais”, adianta, dando como exemplos “ações de formação que incidem direta ou indiretamente sobre alguns aspetos psicológicos da profissão, reuniões trimestrais de reconhecimento que, paralelamente, estimulam o convívio entre as pessoas, para além da sempre tão desejada convenção nacional uma vez por ano”.
  • Na Century 21, Ricardo Sousa destaca as “políticas de flexibilidade no local de trabalho, promovendo um equilíbrio saudável entre a vida profissional e pessoal, reduzindo desta forma o stress”, assim como o incentivo à “prática de atividades físicas e de bem-estar, reconhecendo a sua importância para a saúde mental”, ou “espaços de trabalho confortáveis e ergonómicos, criando um ambiente propício ao bem-estar e à produtividade”. Procuram evitar, garante, “a cultura de trabalho excessivo”, mas reconhece que há ainda muito a fazer nesta matéria, estando por isso “muito atentos a esta problemática” para garantir que se adaptam constantemente às necessidades dos agentes.
  • “A saúde mental é uma preocupação fundamental para a Zome”, salienta Patrícia Santos. A responsável adianta que, desde o nascimento da empresa, têm vindo a desenvolver um conjunto de iniciativas que visam promover o bem-estar de todos. Um exemplo disso é o estudo neurocientífico que realizaram para identificar as principais causas geradoras de stress ao longo da carreira dos nossos consultores. “Com base nos resultados desse estudo, desenvolvemos um conjunto de medidas preventivas, nomeadamente o nosso modelo organizativo que visa dar apoio nas mais diversas áreas (jurídico, fiscal, marketing, gestão de negócio, administrativo, financiamento) de forma a que o consultor se sinta seguro e que tem uma equipa que o apoia a todo o momento para prestar o melhor serviço ao cliente, um plano de formação que está em constante evolução para que se sintam sempre atualizados com as novas tendências de mercado e um acompanhamento individualizado por Business Coach”, revela.
  • Na Decisões e Soluções, Guida Sousa destaca as “formações de apoio a todas as equipas, na área de Programação Neurolinguística e Coach Imobiliário ao longo do ano, focadas no desenvolvimento das habilidades emocionais, como a inteligência emocional, a resiliência e a gestão do stress ao trabalhar por objetivos”, programa de mentoria e orientação para apoio a todos os diretores de loja e aposta na “comunicação aberta e apoio da liderança”. “Sabemos que é importante que os consultores imobiliários utilizem estes recursos de apoio e formação oferecidos, mas também é importante que estejam dispostos a reconhecer e cuidar dos seus desafios psicológicos para garantir a sua saúde mental e bem-estar. Cada um deve fazer a sua parte”, salienta a responsável."

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Por António Trindade 15 mai., 2024
Se estás a pensar comprar casa, tens de avaliar mais do que a tua situação financeira. Além disso, há outros cuidados a ter... "Comprar casa no nosso país é uma aventura. Nesse momento, há diversas questões que nos surgem, tais como: “Quando é que os preços das casas vão baixar?“; “O que fazer para comprar um imóvel?”; “Como funciona a compra de casa em Portugal?” Já todos tivemos a oportunidade de procurar um imóvel num site especializado na matéria. No entanto, o investimento é tão significativo que não deve ser encarado com trivialidade. Comprar casa não é como quem faz compras no supermercado. A compra de um imóvel é uma decisão importante que representa um grande investimento. Por isso, a decisão deve passar por um processo demorado, que deve ser tomada em consciência. Existem diversos fatores importantes que deves ter em consideração no momento de comprares uma casa, pois trata-se de uma compra à qual ficaremos ligados por muitos anos. Se estás a pensar em comprar casa, tens de avaliar mais do que a tua situação financeira. Eis outros cuidados a ter. Comprar uma casa: 8 precauções a tomar Antes de avançar para a compra de casa, há alguns cuidados que deves ter, de modo a que este passo seja dado com segurança e sem imprevistos. Toma nota de todas as precauções que deves tomar. Pondera bem sobre o tipo de casa a escolher Primeiro, deves definir o montante que estás disponível a investir na habitação. Posteriormente, deves definir que tipo de imóvel queres comprar. Comprar uma casa nova é diferente de comprar um imóvel usado, pois a última opção pode implicar a realização de obras. Se tiveres de fazer algumas melhorias ou uma remodelação completa, deves já calcular um valor para obras. Depois, compara os valores gastos e verifica se compensa realmente o imóvel usado ou se é preferível fazeres a compra de uma casa nova. Avalia bem a tua situação financeira Certificares-te que avalias bem a tua situação financeira e a tua estabilidade profissional revela-se um dos cuidados essenciais que deves ter no momento de comprares uma casa. Posteriormente, deves fazer uma escolha bem ponderada. A opção deve ser feita, após analisares a tua situação financeira. Deves reconhecer que não deves “dar um passo maior do que a perna” para tomares uma decisão sensata, que não afete a tua estabilidade. Conhece bem a tua vizinhança É importante conheceres o tipo de vizinhança que encontrarás, se fores viver para a casa identificada. Por isso, faz por perceber se as pessoas com quem te irás cruzar são simpáticas, barulhentas, conflituosas, entre outras caraterísticas que possam pesar na decisão a tomar. Faz visitas à casa em diferentes alturas do dia É uma boa estratégia visitar a casa pretendida em diferentes momentos do dia. Durante o processo de compra do imóvel, deves fazer visitas a diferentes horas para perceberes quais são as divisões que recebem luz natural direta. Também podes ficar a saber quais são as divisões mais frias e húmidas. Se só visitares o imóvel durante a noite, não conseguirás identificar determinados problemas que o imóvel possa ter, devido à luz artificial que impede que se identifique a verdadeira condição da casa. Verifica as infraestruturas da casa É importante verificar o estado do interior do edifício, avaliar o estado de conservação dos materiais e conferir se existem problemas. Por exemplo, se há humidade, maus acabamentos, eventuais fissuras ou sinais evidentes de intervenções. Avalia o teto e as paredes. Se existirem rachaduras ou manchas amarelas, isso poderá significar que há problemas de infiltrações. É também fundamental verificar o estado da instalação elétrica, da rede de abastecimento de água e da rede de gás, para não existirem surpresas desagradáveis, nomeadamente eventuais curtos-circuitos, fugas de gás ou rebentamento de canos. Observa o estado do chão No momento de visitares a casa, deves observar bem o chão da casa e avaliar o seu estado, tentando identificar se há ou não desníveis. Esta verificação é importante, porque poderá impedir más compras que impliquem ter de lidar com problemas no futuro. Há pisos com desníveis que significam que há problemas estruturais na habitação ou que foram realizadas obras com muitas imperfeições. Se o imóvel apresentar um chão flutuante, verifica se o mesmo se encontra bem instalado. Caso contrário será necessário colocá-lo novamente. Numa casa antiga, pode existir um chão desgastado, com riscos ou com falta de polimento. Tem isso em conta, pois pode representar um investimento. Se o chão apresentar danos perto dos rodapés ou manchas fortes no pavimento, isso poderá significar que é necessário resolver um problema escondido. Será que queres gastar dinheiro nessas obras? Faz por escolher o melhor crédito habitação No momento de comprares casa, deves certificar-te de que escolhes o crédito habitação mais adequado para ti. Ora, como irás investir um montante avultado, deves assegurar um crédito habitação que te ofereça as melhores condições. Este tipo de compra representa sempre uma despesa com muito peso no orçamento. Implicará sempre prestações que ficarás a pagar ao longo de muito tempo. Por isso, convém seres cauteloso para não pressionares demasiado a tua taxa de esforço. Reflete sobre a exposição solar e a eficiência energética do imóvel Ter uma casa com boa exposição solar revela-se uma excelente caraterística. A luz natural não só é benéfica para a saúde, como pode representar uma vantagem para a tua carteira, pois essa iluminação sem custos também assegura grande poupança na fatura da eletricidade. Durante o processo de compra de um imóvel deves sempre solicitar o certificado energético da casa. Trata-se de algo que te permite calcular os gastos que terás de realizar para manter os níveis de conforto no interior do imóvel. Além disso, é obrigatório que o vendedor te forneça o Certificado Energético do Imóvel. Para lá da luz natural, há outras caraterísticas relevantes que deves ter em consideração no momento de comprares um imóvel, nomeadamente verificares o tamanho e a quantidade de janelas que a casa apresenta. Outra qualidade que uma casa pode ter é a orientação solar. Se o imóvel se encontrar virado para sul ou a poente, isso assegura grande poupança, porque se trata de uma orientação que confere uma maior exposição solar. Convém evitar comprar casas virada para norte pois, apesar deste tipo de imóvel ter a seu favor o facto de ser uma habitação mais fresca no verão, esta casa não irá apanhar muito sol. Desta forma, irá implicar um gasto significativo na fatura de aquecimento, que ficará mais “pesada” no inverno, além de ser mais provável ter de lidar com problemas de humidade. Uma casa que se encontre voltada a nascente também não é muito vantajosa, pois só terá sol durante a manhã. As persianas, a qualidade das portas, as janelas, os vãos e a existência ou não de painéis solares são outros factos a teres em conta no momento de comprares a casa, pois são elementos que interferem com o nível térmico da habitação." fonte: "idealista.pt" - "2024/05/15"
IX Concentração de Vespas em Resende
Por António Trindade 12 mai., 2024
IX Concentração de Vespas em Resende
Por António Trindade 10 mai., 2024
Reflexo do comportamento dos preços registados no último ano, a valorização homóloga das casas atingiu os 9,6% no primeiro trimestre do ano, ainda assim um abrandamento face aos 17,2% registados um ano antes. "Os preços de venda das casas em Portugal (Continental) subiram 2,2% no primeiro trimestre deste ano, face ao trimestre anterior. Trata-se de uma aceleração da variação em cadeia, comparando com a subida de 1,6% registada no final de 2023. De acordo com o Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário, esta variação trimestral é bastante inferior à que se registou um ano antes, de 4,3%, mas esta performance sinaliza uma reversão do padrão de suavização das subidas de preços sentido ao longo do último ano, a qual, a confirmar-se, contraria a expetativa dominante no mercado. De qualquer forma, em reflexo do comportamento acumulado dos preços ao longo do último ano, a valorização homóloga voltou a reduzir o ritmo, atingindo 9,6% em março de 2024. Este indicador fica 7,6 pontos percentuais abaixo da taxa de variação homóloga de 17,2% registada no 1º trimestre do ano passado. Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, explica em comunicado que “nos últimos três meses, o índice inverteu a trajetória de curto-prazo, alcançando uma variação trimestral de +2,2%, depois de ter este indicador em 1,6% em dezembro. Estes números confirmam os últimos resultados do Portuguese Housing Market Survey, refletindo um comportamento mais positivo da procura e trazendo as expetativas de vendas para terreno positivo. Espera-se que as taxas de juro comecem a cair nos próximos meses, e isso está a melhorar a confiança dos compradores, o que acaba por colocar pressão adicional sobre os preços”. De acordo com as projeções realizadas a partir das vendas reportadas ao SIR-Sistema de Informação Residencial, no 1º trimestre deste ano terão sido transacionados cerca de 34.300 fogos em Portugal Continental. Este volume supera em cerca de 5% a média de 32.800 vendas por trimestre registada em 2023, confirmando a trajetória de recuperação, lenta, mas consistente, da atividade que se faz sentir desde a segunda metade do ano passado. Em termos de preços, as vendas residenciais no território Continental realizaram-se por um valor médio de 2.447 euros/m² no 1º trimestre deste ano, posicionando-se em 3.413 euros/m² na habitação nova e em 2.326/m² na habitação usada." fonte: "publico.pt" - "2024/05/08"
Por António Trindade 06 mai., 2024
Taxas Euribor desceram para todos os prazos no mês de abril, trazendo alívio às prestações, revelam simulações. "As taxas Euribor continuam a dar sinais de descida, antecipando a flexibilização da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) prevista para junho. Estas são boas notícias para as famílias que estão a pensar contratar um crédito habitação a taxa variável em maio, já que as prestações da casa estão mais baixas face aos meses anteriores, tal como revelam as simulações do idealista/créditohabitação. Quem está a pagar um empréstimo habitação indexado à Euribor e tiver revisão da prestação este mês, também pagará menos. Descobre quanto. O balanço final de abril trouxe descidas para todos os prazos das taxas Euribor face ao mês anterior: Euribor a 12 meses : a média mensal de abril desceu para 3,703%, menos 0,015 pontos percentuais (p.p.) face a março (3,718%); Euribor a 6 meses : esta taxa mensal caiu para 3,838% em abril, um menor valor comparativamente com a de março (para 3,895%); Euribor a 3 meses : a taxa do prazo mais curto desceu para 3,885%, menos 0,038 p.p. do que no mês anterior (3,923%). Estes recentes recuos da Euribor em abril – que é usada para os créditos habitação contratados em maio – vêm antecipar a queda dos juros do BCE que está prevista para junho. O que “parece cada vez mais claro é que os cortes nas taxas estão ao virar da esquina”, assume David Brito, diretor-geral da Ebury Portugal, tendo em conta que o regulador europeu admitiu na reunião de abril que “está pronto para flexibilizar a política monetária na sua próxima reunião, em junho". “O banco sente-se encorajado pelo progresso da inflação na zona euro, que deverá abrir caminho a um primeiro corte de 25 pontos base na reunião de junho”, conclui o especialista em declarações ao idealista/news. Assim, “parece cada vez mais claro que as boas notícias para os titulares de crédito à habitação surgirão a partir de junho, uma vez que, juntamente com as reduções das taxas do BCE, haverá uma queda significativa da Euribor”, indica David Brito. Como ficam as prestações da casa em maio? Com estas novas descidas da Euribor, quem está a pensar comprar casa em maio com recurso a um crédito habitação a taxa variável vai pagar menos face a quem contratou no mês anterior. É isso mesmo que revelam as simulações do idealista/crédito habitação, tendo por base um novo empréstimo habitação de 150.000 euros, com spread de 1% e prazo de 30 anos: Crédito habitação com Euribor a 12 meses: quem avançar com o empréstimo em maio (que usa a média da Euribor de abril) vai pagar uma prestação de 777 euros no primeiro ano, menos dois euros que quem se antecipou e avançou com o financiamento em abril (779 euros). Crédito habitação com Euribor a 6 meses: a prestação da casa a pagar em maio e nos cinco meses seguintes será de 790 euros, menos seis euros face a quem contratou o empréstimo da casa em abril; Crédito habitação com Euribor a 3 meses: a prestação da casa desceu para 795 euros nos primeiros três meses do contrato, menos dois euros do que quem avançou com o crédito da casa em abril. “Além disso, quem tem de rever o seu crédito habitação, tanto anual como semestralmente, vai finalmente ver a sua prestação mensal baixar, uma vez que a Euribor há 6 e 12 meses era ligeiramente superior”, referiu ainda o diretor geral da Ebury Portugal. Em concreto, a Euribor a 12 meses de abril 2024 (3,703%) é 0,054 p.p. inferior do que há um ano (3,757%). E também a taxa a 6 meses (3,838%) caiu face à que estava seis meses antes, acima dos 4%. Assim, quem estiver a pagar crédito habitação a taxa variável (ou mista em período variável) também verá as suas prestações da casa baixar depois de serem revistas este mês. De notar que a dimensão da descida da prestação da casa dependerá do ano do contrato, bem como do capital em dívida, entre outros fatores. " fonte: "Idealista.pt" - "2024/05/03"
Por António Trindade 29 abr., 2024
Descobre as vantagens e desvantagens em comprar uma casa em planta. "A compra de imóveis em planta é uma forma de aquisição muito popular em Portugal, principalmente nas zonas urbanas. Esta é uma oportunidade de negócio muito vantajosa para os promotores, uma vez que, ao obter compradores numa fase inicial, conseguem retorno do financiamento já feito e podem aplicá-lo para financiar uma parte do projeto. Para quem quer comprar casa, os imóveis em construção podem ser opções mais acessíveis para a carteira das famílias, no entanto, há alguns cuidados que deves ter em atenção. Neste artigo, vamos mostrar-te todas as vantagens de desvantagens de comprar uma casa em planta. Comprar uma casa em planta: vantagens Comprar uma casa em planta pode ser a forma de garantir que conseguirás escolher exatamente aquele espaço que querias, e obteres uma casa que já tivesses idealizado na tua cabeça. Evitas restringires-te às opções disponíveis no mercado e podes construir a casa dos teus sonhos. A poupança é uma das vantagens que podes ter em optar por uma casa em planta, porque podes poupar um valor significativo. Um imóvel em projeto ou em construção é normalmente mais barato do que um já concluído. Ao adquirires uma casa nesta fase tem ainda mais margem para negociar o preço e podes contar com maior potencial de valorização. Ou seja, quando estiver concluído o imóvel vai valer mais. Outra vantagem que podes encontrar, é o facto de ser 100% novo. A casa que vais comprar vai ser estreada por ti e, sendo um imóvel ainda em construção, terá certamente os materiais e tecnologias mais recentes, por exemplo, em termos de insonorização ou de climatização. Se a casa vier a revelar defeitos está, por lei, abrangida pela garantia. Ao comprares a casa em planta terás a possibilidade de escolher a casa dos teus sonhos. Nesta fase, é possível escolheres acabamentos, por exemplo, em termos de cores de paredes ou pavimentos. E tens mais tempo para encontrar os móveis e outros objetos de decoração. Os pagamentos faseados fazem parte das vantagens e dão a possibilidade de juntares dinheiro para ir saldando esses compromissos. Numa fase muito inicial deves pagar o sinal, para reservar o imóvel. Depois, ao assinares o contrato promessa compra e venda, são estabelecidos outros pagamentos. Uma casa em planta permite que tenhas o tempo necessário para planear uma mudança de casa. Como sabes, é uma fase sempre muito stressante, no entanto, se for planeada com tempo evitas grande parte do stress e tens tempo para planear tudo ao pormenor. Desvantagens e riscos de comprar uma casa em planta Um dos grandes receios de quem compra uma casa em planta é que não fique da forma que foi idealizada. Por isso, damos-te a conhecer algumas desvantagens, para que possas tomar a decisão de forma consciente. Conclusão da obra por por dificuldades financeiras da empresa construtora ou do promotor. Apesar de ser um receio comum, não é algo que aconteça de forma recorrente. No entanto, o conselho que te podemos dar é, informares-te sobre a solidez da empresa e procurares algum feedback sobre essa empresa; Atrasos na finalização da obra. Para assegurares os teus direitos deves certificar-te que existe uma cláusula no CPCV que te garanta a possibilidade de receberes indemnizações por incumprimento de prazos; O resultado final não estar de acordo com o que foi idealizado. É um medo comum de quem realiza este tipo de investimento e, como tal, deves certificar-te de que compreendes todas as informações que constam na planta. Documento escrito e válido: porque é importante? Ter um documento escrito e assinado por ambas as partes é a melhor forma de salvaguardar os direitos no caso de alguma coisa correr menos bem. O documento deve, sempre, mencionar os prazos de entrega e de pagamento, bem como eventuais indemnizações no caso de incumprimento de alguma das partes. Crédito financeiro é possível para casas em construção? É possível. Contudo, como é prática comum em qualquer contrato de crédito habitação, o financiamento bancário geralmente não cobre a totalidade do valor do imóvel. Portanto, é aconselhável ter uma reserva financeira para complementar o valor do imóvel e realizar adiantamentos, se necessário. Caso não possua essa reserva, será necessário procurar uma alternativa. Se houver margem no orçamento, é recomendável utilizar recursos próprios para efetuar os adiantamentos e recorrer ao crédito apenas para situações imprevistas e para a conclusão do processo de compra." fonte: "idealista.pt" - "2024/04/29"
Por António Trindade 24 abr., 2024
A necessidade de descarbonização do imobiliário está a dar o pontapé de saída para a renovação de muitas habitações, em muitos casos, com fundos públicos disponíveis para esse investimento. Instalar janelas eficientes é uma oportunidade para tornar estas casas não só mais confortáveis, mas também mais seguras. "Na hora de tornar a casa mais segura, a instalação de janelas eficientes é uma das mudanças mais eficazes que se pode fazer, com todas as melhorias que isso traz também ao nível do conforto, da acústica e da eficiência energética. A ANFAJE – Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes apela a que a acústica e a segurança não fiquem de parte quando se tomam decisões sobre estes investimentos. Em entrevista ao Público Imobiliário, João Ferreira Gomes, presidente da associação, recorda que uma janela eficiente “não é apenas boa para melhorar as condições térmicas e acústicas de uma casa, com o mesmo investimento podemos conseguir também segurança antirroubo. É fundamental considerar a substituição de janelas quando se faz hoje um investimento na habitação”. A eficiência energética está longe de ser a única vantagem de uma janela eficiente. “As pessoas já têm noção da necessidade de substituir janelas más, e devem agora ter também atenção ao fator da segurança, que deve estar associado à térmica e à acústica. A população já tem alguma sensibilidade em relação às necessidades de segurança antirroubo das portas da habitação, e conhece as portas blindadas, por exemplo, mas ainda há muito desconhecimento sobre o papel que uma janela eficiente pode ter na questão da segurança antirroubo”. Além disso, é mais eficaz investir primeiro em janelas mais eficientes, antes de instalar um sistema de alarme, por exemplo. “É fundamental garantir que a casa tem um conjunto de boas janelas eficientes, para que quem vai assaltar não tenha a vida facilitada”, principalmente tendo em conta que “janelas antigas, de correr, com vidro simples, como as que temos na maior parte dos nossos edifícios em Portugal, são muito fáceis de penetrar, mesmo que o alarme toque, o ladrão já pode estar lá dentro, mas se a casa tiver também janelas eficientes, será muito mais difícil entrar”. O papel das janelas eficientes passa por tecnologia e mecanismos que impedem os eventuais assaltantes de entrar rapidamente em casa, principalmente no caso das moradias térreas, que representam a maior parte das habitações do país. Dificultar a intrusão contribui para ganhar tempo precioso, durante o qual se pode ter reação ou pedir ajuda. Ou pode, simplesmente, dissuadir quem procura um alvo mais fácil: “os ladrões tendem a escolher a solução mais fácil e mais rápida, com janelas mais fáceis de arrombar. Com janelas eficientes, estamos, no fundo, a ganhar tempo para proteger a nossa casa, no caso de ela ter sido a escolhida”. Uma oportunidade única para tornar o parque edificado português mais seguro A onda de renovação do parque edificado habitacional europeu que agora começa é uma oportunidade única para tornar as habitações não só mais sustentáveis e neutras em carbono (como assim as metas europeias definem), mas também mais seguras, já que as janelas eficientes respondem a todas estas necessidades. Para cumprir os objetivos europeus e nacionais de descarbonização da economia e do imobiliário, já estão em campo vários programas de apoio à renovação de edifícios, como o Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, ou o Vale Eficiência, que se centram, sobretudo, na melhoria do conforto térmico e da eficiência energética. Mas a ANFAJE recorda que há que não esquecer também a componente acústica e a segurança, para não perder esta “oportunidade única” de reabilitação e de melhoria das condições de vida de todos. “O investimento que vai ser feito pode incluir logo todas estas melhorias”. E João Gomes garante que “atualmente, a maioria das janelas eficientes que se produzem e instalam já têm um nível de eficácia bastante elevado quanto à segurança antirroubo”, por isso o investimento não é muito superior ao da instalação de uma janela termicamente eficiente, por exemplo. João Ferreira Gomes ressalva que não se quer incentivar o medo: “tendo em conta que 3,5 milhões de casas em Portugal têm janelas ineficientes, queremos tentar que o investimento na substituição dessas janelas seja feito já com soluções que contemplem também soluções antirroubo”. Na altura de substituir janelas, “os cidadãos devem solicitar às empresas do setor, janelas dotadas de sistemas de ferragem, pontos de fecho, fechaduras mais seguras, que possam dar à janela uma maior robustez na questão da segurança antirroubo”. Empresas estão especializadas e preparadas para responder a estas necessidades " As empresas especialistas no fabrico de janelas eficientes estão “perfeitamente preparadas” para acompanhar este desafio de renovação dos edifícios, com soluções que vão permitir mais conforto e segurança numa casa mais sustentável. Segundo João Ferreira Gomes, há que procurar soluções como ferragens específicas antirroubo, com vários pontos de fecho e classificações RC2 com vidro laminado, um exemplo de solução antirroubo, difícil de quebrar mas também acusticamente mais eficiente. É necessária mais divulgação e sensibilização das seguradoras O presidente da ANFAJE acredita que também as seguradoras têm de estar mais sensibilizadas e abertas para este tema, e deveriam adotar modelos de desagravamento do custo dos seguros antirroubo da habitação semelhantes aos que já existem noutros países europeus, como no Reino Unido. João Ferreira Gomes acredita que “isto acontecerá certamente por desconhecimento das seguradoras, e esperamos que em breve estejam atentas a esta questão e que, em conjunto [ANFAJE], possamos chegar a uma solução que permita desagravar as apólices dos seguros. Apelamos a que as seguradoras desenvolvam comunicação connosco, para que os seus clientes tenham este benefício. É por aí que devemos começar”. Por outro lado, a ANFAJE está apostada em reforçar a sensibilização e a disseminação de informação junto do cliente final, numa altura em que o grande foco do setor é a eficiência energética, “até porque os apoios concedidos no âmbito dos programas públicos têm sido nesse âmbito”. Por isso, “a segurança antirroubo tem ficado um pouco de lado”. Assim, a ANFAJE “cada vez mais comunicará esta temática, explicando o porquê da necessidade de substituir janelas de má qualidade, e vai focar-se não só na questão da térmica e da acústica, mas também na questão da segurança antirroubo”." fonte: "publico.pt" - "2024/04/24"
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