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NOTÍCIAS | Construir em altura para “fintar” a crise na habitação: sim ou não?

Prós e contras das chamadas torres residenciais aos olhos dos especialistas. Importante é aumentar a oferta de casas, dizem.



"Os preços das casas em Portugal continuam altos e os valores das rendas mantêm-se elevados. O Governo deu luz verde ao simplex dos licenciamentos, de forma a aumentar a oferta de habitação no mercado, mas são muitas as dúvidas que se levantam sobre os efeitos práticos das medidas anunciadas – e que integram o programa Mais Habitação. Será que a aposta na construção em altura é uma boa solução para fazer face à crise na habitação na qual se encontra o país? E em termos de custos de construção, sustentabilidade e eficiência energética, será viável? O idealista/news foi à procura de respostas junto de especialistas do mercado.


Ao contrário de outros países que têm apostado na promoção de torres residenciais, em Portugal "há geralmente uma demonização da construção em altura”, atira o presidente da Ordem dos Arquitetos. “Apesar de não ser um modelo que funcione em qualquer contexto urbanístico, a principal oposição é cultural. Os Planos Diretores Municipais (PDM) quase sempre o proíbem e os decisores políticos intimidam-se com as críticas que muitas vezes as torres geram, a contestação popular e política”, acrescenta Avelino Oliveira, ao idealista/news.



O que dizem as construtoras?

“Pode ser uma estratégia eficaz para a crise habitacional, pois permite uma diluição significativa do custo do solo por metro quadrado (m2) construído. Em áreas urbanas, onde o valor do solo é elevado, construir verticalmente é uma maneira eficiente de maximizar o uso do espaço. A construção em altura aproveita melhor o terreno disponível. Além disso, pode ser vista como uma forma de industrialização. A repetição de plantas-tipo em cada piso facilita a padronização dos processos construtivos”, começa por dizer António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais. 


O mesmo responsável considera, ainda, que “a construção em altura requer menos infraestrutura urbana comparativamente à expansão horizontal” e que aproveitar infraestruturas existentes “para suportar edifícios mais altos é mais sustentável e económico que a expansão de novas áreas, que requerem a construção de toda uma nova infraestrutura”. 

Há, no entanto, cuidados a ter em conta, até porque “não existe uma solução única que se aplique a todos os contextos urbanísticos”, sendo a construção em altura “particularmente adequada a contextos urbanos de média e alta densidade”. “Nestes ambientes, a opção de crescer verticalmente, ao invés de horizontalmente, oferece uma oportunidade de regenerar e valorizar a cidade, sem a necessidade de expandir fronteiras”. 


Do ponto de vista da eficiência e sustentabilidade, sublinha António Carlos Rodrigues, construir em altura pode ser mais eficiente em termos de uso de energia e recursos: “Edifícios mais altos, quando projetados com critérios de eficiência energética, podem minimizar o consumo de energia e reduzir a pegada ecológica”. Mas nem tudo são boas notícias, visto que também há desvantagens. “A construção em altura pode gerar contestação popular e política, especialmente quando não é bem planeada ou quando se sobrepõe de forma desproporcional à arquitetura e ao caráter existentes da área”.



“Edifícios mais altos podem ser mais eficientes em termos energéticos”

Também Diogo Abecasis, Co-Founder & Managing Partner da MAP Engenharia, defende que a aposta na construção em altura pode ser uma estratégia eficaz para dar resposta à crise habitacional. Avisa, no entanto, que os edifícios em altura “naturalmente têm de ser enquadrados na malha urbana existente e respeitar a zona envolvente onde serão inseridos, tudo de acordo com um planeamento urbanístico que deve ser idealizado”. 


“Devemos sempre respeitar a nossa cultura e os bairros históricos das cidades, mas em zonas mais ‘novas’ não vejo qualquer problema e até considero que faz todo o sentido essa aposta, tal como se verifica noutras grandes metrópoles mundiais”, analisa.


Diogo Abecasis mostra-se, por outro lado, atento à importância de centrar o foco na sustentabilidade e na eficiência energética, tendo em conta que os “edifícios mais altos podem ser mais eficientes em termos energéticos, podem aproveitar melhor a luz natural e proporcionar oportunidades para a implementação de tecnologias mais sustentáveis”. Consequentemente, conclui, a redução de custos ao nível das infraestruturas também pode ser uma realidade, “pois concentrar numa área verticalizada pode diminuir a necessidade de expansão das redes de transporte e ‘utilities’”.  



Arquitetos: “Há uma demonização da construção em altura”

Do lado dos arquitetos, o novo presidente da Ordem dos Arquitetos (OA) é perentório a afirmar que os edifícios em altura oferecem diversas vantagens que impactam positivamente o desenvolvimento urbano: “A verticalização permite uma otimização eficiente do uso do solo, especialmente em áreas urbanas densamente povoadas. Essa concentração vertical contribui para a preservação de espaços verdes e limita a dispersão urbana. Em muitos casos, torna o processo de edificação numa ação mais sustentável. Essa receita é muito defendida em países asiáticos, que apostam na eficiência energética, frequentemente melhorada em arranha-céus ou edifícios-torre, graças à implementação de tecnologias e inovação”. 


Segundo Avelino Oliveira, que numa entrevista recente ao idealista/news disse que “a situação remuneratória dos arquitetos devia envergonhar Portugal”, a construção em altura tem também benefícios estéticos. “As torres, quando bem desenhadas, geralmente representam ícones arquitetónicos e ‘Landmarks’, tornando-se símbolos visuais importantes para a identidade de uma cidade. A acessibilidade e conectividade proporcionadas por edifícios altos, geralmente localizados em áreas centrais urbanas, contribuem para facilitar o acesso a serviços, transporte público e infraestrutura, melhorando a qualidade de vida dos habitantes”, conta. 


Sublinhando que é crucial contemplar os desafios associados a este tipo de construção, “incluindo preocupações com segurança estrutural, impacto urbano, gestão de tráfego e a necessidade de infraestrutura adequada para suportar a densidade populacional concentrada”, o presidente da AO afirma que há “geralmente em Portugal uma demonização da construção em altura”. “Apesar de não ser um modelo que funcione em qualquer contexto urbanístico, a principal oposição é cultural. Os PDM quase sempre o proíbem e os decisores políticos intimidam-se com as críticas que muitas vezes as torres geram, a contestação popular e política”, lamenta. 



A visão da promoção e da mediação imobiliária sobre construir em altura

Do lado da promoção imobiliária, a aposta na construção em altura também é vista com bons olhos, segundo os players contactados pelo idealista/news. 


“A construção em altura é uma vantagem importante para o desenvolvimento urbano, não só porque permite maior índice de construção, mas também porque o mesmo não põe em causa o terreno no sentido da ocupação em horizontal. Assim permite um balanço entre libertar terreno para o usufruto público como incrementar a oferta de habitação”, indica Gonçalo Ahrens Teixeira, Managing Partner & CEO da Mondego Capital Partners (MCP).  

De acordo com o especialista, este é sem dúvida um modelo que funciona, mas devem “ser as instituições públicas a criarem as regras do jogo”. Como? “Por exemplo, privilegiando determinadas áreas da cidade para a construção em altura ou no equilíbrio entre a construção em altura e o património arquitetónico das cidades”. 



“Construção em altura pode aumentar o número de casas novas”

Também Luís Gamboa, COO da VIC Properties, reconhece os benefícios da construção em altura, salientando que “é efetivamente uma das soluções” para aumentar a oferta de casas disponíveis no mercado, mas lembra que é uma possibilidade que “não encerra em si só a solução para o problema da habitação”.


“O grande mérito da construção em altura é libertar mais solo para zonas verdes, zonas de equipamento, reduzir a impermeabilização do solo, etc. Naturalmente que mantendo a implantação dos edifícios e aumentando a altura aumentaremos necessariamente a oferta”, analisa. 

O gestor alerta, contudo, para a existência de alguns entraves a nível legislativo: “Grande parte dos PDM só permitem, em algumas zonas, construção até seis, sete pisos. Se com a mesma implantação dobrarmos o número de pisos, estamos a dobrar a capacidade construtiva sem ocupar mais solos. E edifícios de 12 ou 14 pisos não são propriamente arranha-céus. Desta forma, a construção em altura pode aumentar o número de casas novas, o que aliado à tendência de construção de casas mais pequenas poderá aumentar a oferta tornando o preço das casas mais acessíveis”.


O COO da VIC Properties lança para a discussão ainda outro tema, relacionado com a importância de “’mesclar’ a tipologia de habitações e de clientes”. “Acreditamos que essa é a melhor forma de enquadrar os diferentes estratos sociais, até porque não podemos viver em ilhas. Temos o exemplo de alguns bairros de habitação social que se tornaram guetos, locais difíceis de controlar do ponto de vista da segurança. A ‘mesclagem’ das classes sociais acaba por funcionar em muitos países e aqui em Portugal também funciona de certeza”, sugere. 



“Construir prédios mais altos e aumentar a densidade pode trazer benefícios”

E será que a mediação imobiliária vê com bons uma aposta na construção em altura em Portugal? “A altura dos prédios pode ser uma resposta para a escassez de habitação, mas a nível de licenciamento camarário existem por vezes muitas restrições à altura dos edifícios”, diz Pedro Pires, CEO da Arcada Imobiliária. 


O mesmo responsável destaca que “a possibilidade de construir prédios mais altos e aumentar a densidade pode trazer alguns benefícios”, até porque “uma cidade mais ‘compacta’ implica que as pessoas não precisem de se locomover para grandes distâncias, não perdendo muito tempo entre um ponto A e um ponto B. “Mas uma maior concentração de pessoas num local e uma atividade económica num só espaço pode causar maior pressão sobre as infraestruturas urbanas”, acrescenta.



Construir prédios de 50 andares nos principais centros urbanos? "É improvável"

Outro dos ‘players’ do setor imobiliário e da construção ouvidos pelo idealista/news é Nuno Garcia, diretor-geral da GesConsult, empresa especialista na gestão e fiscalização de obras fundada em 2014. “A construção em altura pode ser uma solução para a crise habitacional, especialmente em zonas urbanas densamente povoadas”, defende.


Salientando que a construção de edifícios com vários pisos permite aumentar a oferta de habitações num mesmo espaço, o responsável lembra, no entanto, que a construção em altura é regulada pela legislação, como os PDM, sendo por norma limitada pelas edificações contíguas existentes: “Estes instrumentos limitam o número de andares permitidos em cada zona, de modo a garantir o equilíbrio arquitetónico e urbanístico das cidades”. 


Desta forma, prossegue, “é improvável que se venham a construir prédios de 50 andares nos principais centros urbanos”. “Na generalidade, as cidades portuguesas não são cidades de arranha-céus, a legislação existe para evitar que isso aconteça e se descaracterizem os locais”, constata, considerando que “tipicamente os promotores imobiliários já constroem com a altura máxima permitida”. 


Em jeito de resumo, Nuno Garcia conclui que a “construção em altura pode ser uma solução viável para aumentar a oferta de habitação em zonas urbanas densamente povoadas”, isto apesar de haver “potenciais impactos negativos”, como a alteração da paisagem urbana, o aumento da poluição sonora e a redução da qualidade de vida dos residentes. 


“A acompanhar o crescimento da densidade populacional deve existir sempre uma preocupação para minimizar estes impactos negativos com a adaptação das infraestruturas, aumento dos serviços de transportes coletivos ou a criação de espaços verdes”, remata."





fonte: "Idealista.pt" - "2024/02/28"


Por António Trindade 15 mai., 2024
Se estás a pensar comprar casa, tens de avaliar mais do que a tua situação financeira. Além disso, há outros cuidados a ter... "Comprar casa no nosso país é uma aventura. Nesse momento, há diversas questões que nos surgem, tais como: “Quando é que os preços das casas vão baixar?“; “O que fazer para comprar um imóvel?”; “Como funciona a compra de casa em Portugal?” Já todos tivemos a oportunidade de procurar um imóvel num site especializado na matéria. No entanto, o investimento é tão significativo que não deve ser encarado com trivialidade. Comprar casa não é como quem faz compras no supermercado. A compra de um imóvel é uma decisão importante que representa um grande investimento. Por isso, a decisão deve passar por um processo demorado, que deve ser tomada em consciência. Existem diversos fatores importantes que deves ter em consideração no momento de comprares uma casa, pois trata-se de uma compra à qual ficaremos ligados por muitos anos. Se estás a pensar em comprar casa, tens de avaliar mais do que a tua situação financeira. Eis outros cuidados a ter. Comprar uma casa: 8 precauções a tomar Antes de avançar para a compra de casa, há alguns cuidados que deves ter, de modo a que este passo seja dado com segurança e sem imprevistos. Toma nota de todas as precauções que deves tomar. Pondera bem sobre o tipo de casa a escolher Primeiro, deves definir o montante que estás disponível a investir na habitação. Posteriormente, deves definir que tipo de imóvel queres comprar. Comprar uma casa nova é diferente de comprar um imóvel usado, pois a última opção pode implicar a realização de obras. Se tiveres de fazer algumas melhorias ou uma remodelação completa, deves já calcular um valor para obras. Depois, compara os valores gastos e verifica se compensa realmente o imóvel usado ou se é preferível fazeres a compra de uma casa nova. Avalia bem a tua situação financeira Certificares-te que avalias bem a tua situação financeira e a tua estabilidade profissional revela-se um dos cuidados essenciais que deves ter no momento de comprares uma casa. Posteriormente, deves fazer uma escolha bem ponderada. A opção deve ser feita, após analisares a tua situação financeira. Deves reconhecer que não deves “dar um passo maior do que a perna” para tomares uma decisão sensata, que não afete a tua estabilidade. Conhece bem a tua vizinhança É importante conheceres o tipo de vizinhança que encontrarás, se fores viver para a casa identificada. Por isso, faz por perceber se as pessoas com quem te irás cruzar são simpáticas, barulhentas, conflituosas, entre outras caraterísticas que possam pesar na decisão a tomar. Faz visitas à casa em diferentes alturas do dia É uma boa estratégia visitar a casa pretendida em diferentes momentos do dia. Durante o processo de compra do imóvel, deves fazer visitas a diferentes horas para perceberes quais são as divisões que recebem luz natural direta. Também podes ficar a saber quais são as divisões mais frias e húmidas. Se só visitares o imóvel durante a noite, não conseguirás identificar determinados problemas que o imóvel possa ter, devido à luz artificial que impede que se identifique a verdadeira condição da casa. Verifica as infraestruturas da casa É importante verificar o estado do interior do edifício, avaliar o estado de conservação dos materiais e conferir se existem problemas. Por exemplo, se há humidade, maus acabamentos, eventuais fissuras ou sinais evidentes de intervenções. Avalia o teto e as paredes. Se existirem rachaduras ou manchas amarelas, isso poderá significar que há problemas de infiltrações. É também fundamental verificar o estado da instalação elétrica, da rede de abastecimento de água e da rede de gás, para não existirem surpresas desagradáveis, nomeadamente eventuais curtos-circuitos, fugas de gás ou rebentamento de canos. Observa o estado do chão No momento de visitares a casa, deves observar bem o chão da casa e avaliar o seu estado, tentando identificar se há ou não desníveis. Esta verificação é importante, porque poderá impedir más compras que impliquem ter de lidar com problemas no futuro. Há pisos com desníveis que significam que há problemas estruturais na habitação ou que foram realizadas obras com muitas imperfeições. Se o imóvel apresentar um chão flutuante, verifica se o mesmo se encontra bem instalado. Caso contrário será necessário colocá-lo novamente. Numa casa antiga, pode existir um chão desgastado, com riscos ou com falta de polimento. Tem isso em conta, pois pode representar um investimento. Se o chão apresentar danos perto dos rodapés ou manchas fortes no pavimento, isso poderá significar que é necessário resolver um problema escondido. Será que queres gastar dinheiro nessas obras? Faz por escolher o melhor crédito habitação No momento de comprares casa, deves certificar-te de que escolhes o crédito habitação mais adequado para ti. Ora, como irás investir um montante avultado, deves assegurar um crédito habitação que te ofereça as melhores condições. Este tipo de compra representa sempre uma despesa com muito peso no orçamento. Implicará sempre prestações que ficarás a pagar ao longo de muito tempo. Por isso, convém seres cauteloso para não pressionares demasiado a tua taxa de esforço. Reflete sobre a exposição solar e a eficiência energética do imóvel Ter uma casa com boa exposição solar revela-se uma excelente caraterística. A luz natural não só é benéfica para a saúde, como pode representar uma vantagem para a tua carteira, pois essa iluminação sem custos também assegura grande poupança na fatura da eletricidade. Durante o processo de compra de um imóvel deves sempre solicitar o certificado energético da casa. Trata-se de algo que te permite calcular os gastos que terás de realizar para manter os níveis de conforto no interior do imóvel. Além disso, é obrigatório que o vendedor te forneça o Certificado Energético do Imóvel. Para lá da luz natural, há outras caraterísticas relevantes que deves ter em consideração no momento de comprares um imóvel, nomeadamente verificares o tamanho e a quantidade de janelas que a casa apresenta. Outra qualidade que uma casa pode ter é a orientação solar. Se o imóvel se encontrar virado para sul ou a poente, isso assegura grande poupança, porque se trata de uma orientação que confere uma maior exposição solar. Convém evitar comprar casas virada para norte pois, apesar deste tipo de imóvel ter a seu favor o facto de ser uma habitação mais fresca no verão, esta casa não irá apanhar muito sol. Desta forma, irá implicar um gasto significativo na fatura de aquecimento, que ficará mais “pesada” no inverno, além de ser mais provável ter de lidar com problemas de humidade. Uma casa que se encontre voltada a nascente também não é muito vantajosa, pois só terá sol durante a manhã. As persianas, a qualidade das portas, as janelas, os vãos e a existência ou não de painéis solares são outros factos a teres em conta no momento de comprares a casa, pois são elementos que interferem com o nível térmico da habitação." fonte: "idealista.pt" - "2024/05/15"
IX Concentração de Vespas em Resende
Por António Trindade 12 mai., 2024
IX Concentração de Vespas em Resende
Por António Trindade 10 mai., 2024
Reflexo do comportamento dos preços registados no último ano, a valorização homóloga das casas atingiu os 9,6% no primeiro trimestre do ano, ainda assim um abrandamento face aos 17,2% registados um ano antes. "Os preços de venda das casas em Portugal (Continental) subiram 2,2% no primeiro trimestre deste ano, face ao trimestre anterior. Trata-se de uma aceleração da variação em cadeia, comparando com a subida de 1,6% registada no final de 2023. De acordo com o Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário, esta variação trimestral é bastante inferior à que se registou um ano antes, de 4,3%, mas esta performance sinaliza uma reversão do padrão de suavização das subidas de preços sentido ao longo do último ano, a qual, a confirmar-se, contraria a expetativa dominante no mercado. De qualquer forma, em reflexo do comportamento acumulado dos preços ao longo do último ano, a valorização homóloga voltou a reduzir o ritmo, atingindo 9,6% em março de 2024. Este indicador fica 7,6 pontos percentuais abaixo da taxa de variação homóloga de 17,2% registada no 1º trimestre do ano passado. Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, explica em comunicado que “nos últimos três meses, o índice inverteu a trajetória de curto-prazo, alcançando uma variação trimestral de +2,2%, depois de ter este indicador em 1,6% em dezembro. Estes números confirmam os últimos resultados do Portuguese Housing Market Survey, refletindo um comportamento mais positivo da procura e trazendo as expetativas de vendas para terreno positivo. Espera-se que as taxas de juro comecem a cair nos próximos meses, e isso está a melhorar a confiança dos compradores, o que acaba por colocar pressão adicional sobre os preços”. De acordo com as projeções realizadas a partir das vendas reportadas ao SIR-Sistema de Informação Residencial, no 1º trimestre deste ano terão sido transacionados cerca de 34.300 fogos em Portugal Continental. Este volume supera em cerca de 5% a média de 32.800 vendas por trimestre registada em 2023, confirmando a trajetória de recuperação, lenta, mas consistente, da atividade que se faz sentir desde a segunda metade do ano passado. Em termos de preços, as vendas residenciais no território Continental realizaram-se por um valor médio de 2.447 euros/m² no 1º trimestre deste ano, posicionando-se em 3.413 euros/m² na habitação nova e em 2.326/m² na habitação usada." fonte: "publico.pt" - "2024/05/08"
Por António Trindade 06 mai., 2024
Taxas Euribor desceram para todos os prazos no mês de abril, trazendo alívio às prestações, revelam simulações. "As taxas Euribor continuam a dar sinais de descida, antecipando a flexibilização da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) prevista para junho. Estas são boas notícias para as famílias que estão a pensar contratar um crédito habitação a taxa variável em maio, já que as prestações da casa estão mais baixas face aos meses anteriores, tal como revelam as simulações do idealista/créditohabitação. Quem está a pagar um empréstimo habitação indexado à Euribor e tiver revisão da prestação este mês, também pagará menos. Descobre quanto. O balanço final de abril trouxe descidas para todos os prazos das taxas Euribor face ao mês anterior: Euribor a 12 meses : a média mensal de abril desceu para 3,703%, menos 0,015 pontos percentuais (p.p.) face a março (3,718%); Euribor a 6 meses : esta taxa mensal caiu para 3,838% em abril, um menor valor comparativamente com a de março (para 3,895%); Euribor a 3 meses : a taxa do prazo mais curto desceu para 3,885%, menos 0,038 p.p. do que no mês anterior (3,923%). Estes recentes recuos da Euribor em abril – que é usada para os créditos habitação contratados em maio – vêm antecipar a queda dos juros do BCE que está prevista para junho. O que “parece cada vez mais claro é que os cortes nas taxas estão ao virar da esquina”, assume David Brito, diretor-geral da Ebury Portugal, tendo em conta que o regulador europeu admitiu na reunião de abril que “está pronto para flexibilizar a política monetária na sua próxima reunião, em junho". “O banco sente-se encorajado pelo progresso da inflação na zona euro, que deverá abrir caminho a um primeiro corte de 25 pontos base na reunião de junho”, conclui o especialista em declarações ao idealista/news. Assim, “parece cada vez mais claro que as boas notícias para os titulares de crédito à habitação surgirão a partir de junho, uma vez que, juntamente com as reduções das taxas do BCE, haverá uma queda significativa da Euribor”, indica David Brito. Como ficam as prestações da casa em maio? Com estas novas descidas da Euribor, quem está a pensar comprar casa em maio com recurso a um crédito habitação a taxa variável vai pagar menos face a quem contratou no mês anterior. É isso mesmo que revelam as simulações do idealista/crédito habitação, tendo por base um novo empréstimo habitação de 150.000 euros, com spread de 1% e prazo de 30 anos: Crédito habitação com Euribor a 12 meses: quem avançar com o empréstimo em maio (que usa a média da Euribor de abril) vai pagar uma prestação de 777 euros no primeiro ano, menos dois euros que quem se antecipou e avançou com o financiamento em abril (779 euros). Crédito habitação com Euribor a 6 meses: a prestação da casa a pagar em maio e nos cinco meses seguintes será de 790 euros, menos seis euros face a quem contratou o empréstimo da casa em abril; Crédito habitação com Euribor a 3 meses: a prestação da casa desceu para 795 euros nos primeiros três meses do contrato, menos dois euros do que quem avançou com o crédito da casa em abril. “Além disso, quem tem de rever o seu crédito habitação, tanto anual como semestralmente, vai finalmente ver a sua prestação mensal baixar, uma vez que a Euribor há 6 e 12 meses era ligeiramente superior”, referiu ainda o diretor geral da Ebury Portugal. Em concreto, a Euribor a 12 meses de abril 2024 (3,703%) é 0,054 p.p. inferior do que há um ano (3,757%). E também a taxa a 6 meses (3,838%) caiu face à que estava seis meses antes, acima dos 4%. Assim, quem estiver a pagar crédito habitação a taxa variável (ou mista em período variável) também verá as suas prestações da casa baixar depois de serem revistas este mês. De notar que a dimensão da descida da prestação da casa dependerá do ano do contrato, bem como do capital em dívida, entre outros fatores. " fonte: "Idealista.pt" - "2024/05/03"
Por António Trindade 29 abr., 2024
Descobre as vantagens e desvantagens em comprar uma casa em planta. "A compra de imóveis em planta é uma forma de aquisição muito popular em Portugal, principalmente nas zonas urbanas. Esta é uma oportunidade de negócio muito vantajosa para os promotores, uma vez que, ao obter compradores numa fase inicial, conseguem retorno do financiamento já feito e podem aplicá-lo para financiar uma parte do projeto. Para quem quer comprar casa, os imóveis em construção podem ser opções mais acessíveis para a carteira das famílias, no entanto, há alguns cuidados que deves ter em atenção. Neste artigo, vamos mostrar-te todas as vantagens de desvantagens de comprar uma casa em planta. Comprar uma casa em planta: vantagens Comprar uma casa em planta pode ser a forma de garantir que conseguirás escolher exatamente aquele espaço que querias, e obteres uma casa que já tivesses idealizado na tua cabeça. Evitas restringires-te às opções disponíveis no mercado e podes construir a casa dos teus sonhos. A poupança é uma das vantagens que podes ter em optar por uma casa em planta, porque podes poupar um valor significativo. Um imóvel em projeto ou em construção é normalmente mais barato do que um já concluído. Ao adquirires uma casa nesta fase tem ainda mais margem para negociar o preço e podes contar com maior potencial de valorização. Ou seja, quando estiver concluído o imóvel vai valer mais. Outra vantagem que podes encontrar, é o facto de ser 100% novo. A casa que vais comprar vai ser estreada por ti e, sendo um imóvel ainda em construção, terá certamente os materiais e tecnologias mais recentes, por exemplo, em termos de insonorização ou de climatização. Se a casa vier a revelar defeitos está, por lei, abrangida pela garantia. Ao comprares a casa em planta terás a possibilidade de escolher a casa dos teus sonhos. Nesta fase, é possível escolheres acabamentos, por exemplo, em termos de cores de paredes ou pavimentos. E tens mais tempo para encontrar os móveis e outros objetos de decoração. Os pagamentos faseados fazem parte das vantagens e dão a possibilidade de juntares dinheiro para ir saldando esses compromissos. Numa fase muito inicial deves pagar o sinal, para reservar o imóvel. Depois, ao assinares o contrato promessa compra e venda, são estabelecidos outros pagamentos. Uma casa em planta permite que tenhas o tempo necessário para planear uma mudança de casa. Como sabes, é uma fase sempre muito stressante, no entanto, se for planeada com tempo evitas grande parte do stress e tens tempo para planear tudo ao pormenor. Desvantagens e riscos de comprar uma casa em planta Um dos grandes receios de quem compra uma casa em planta é que não fique da forma que foi idealizada. Por isso, damos-te a conhecer algumas desvantagens, para que possas tomar a decisão de forma consciente. Conclusão da obra por por dificuldades financeiras da empresa construtora ou do promotor. Apesar de ser um receio comum, não é algo que aconteça de forma recorrente. No entanto, o conselho que te podemos dar é, informares-te sobre a solidez da empresa e procurares algum feedback sobre essa empresa; Atrasos na finalização da obra. Para assegurares os teus direitos deves certificar-te que existe uma cláusula no CPCV que te garanta a possibilidade de receberes indemnizações por incumprimento de prazos; O resultado final não estar de acordo com o que foi idealizado. É um medo comum de quem realiza este tipo de investimento e, como tal, deves certificar-te de que compreendes todas as informações que constam na planta. Documento escrito e válido: porque é importante? Ter um documento escrito e assinado por ambas as partes é a melhor forma de salvaguardar os direitos no caso de alguma coisa correr menos bem. O documento deve, sempre, mencionar os prazos de entrega e de pagamento, bem como eventuais indemnizações no caso de incumprimento de alguma das partes. Crédito financeiro é possível para casas em construção? É possível. Contudo, como é prática comum em qualquer contrato de crédito habitação, o financiamento bancário geralmente não cobre a totalidade do valor do imóvel. Portanto, é aconselhável ter uma reserva financeira para complementar o valor do imóvel e realizar adiantamentos, se necessário. Caso não possua essa reserva, será necessário procurar uma alternativa. Se houver margem no orçamento, é recomendável utilizar recursos próprios para efetuar os adiantamentos e recorrer ao crédito apenas para situações imprevistas e para a conclusão do processo de compra." fonte: "idealista.pt" - "2024/04/29"
Por António Trindade 24 abr., 2024
A necessidade de descarbonização do imobiliário está a dar o pontapé de saída para a renovação de muitas habitações, em muitos casos, com fundos públicos disponíveis para esse investimento. Instalar janelas eficientes é uma oportunidade para tornar estas casas não só mais confortáveis, mas também mais seguras. "Na hora de tornar a casa mais segura, a instalação de janelas eficientes é uma das mudanças mais eficazes que se pode fazer, com todas as melhorias que isso traz também ao nível do conforto, da acústica e da eficiência energética. A ANFAJE – Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes apela a que a acústica e a segurança não fiquem de parte quando se tomam decisões sobre estes investimentos. Em entrevista ao Público Imobiliário, João Ferreira Gomes, presidente da associação, recorda que uma janela eficiente “não é apenas boa para melhorar as condições térmicas e acústicas de uma casa, com o mesmo investimento podemos conseguir também segurança antirroubo. É fundamental considerar a substituição de janelas quando se faz hoje um investimento na habitação”. A eficiência energética está longe de ser a única vantagem de uma janela eficiente. “As pessoas já têm noção da necessidade de substituir janelas más, e devem agora ter também atenção ao fator da segurança, que deve estar associado à térmica e à acústica. A população já tem alguma sensibilidade em relação às necessidades de segurança antirroubo das portas da habitação, e conhece as portas blindadas, por exemplo, mas ainda há muito desconhecimento sobre o papel que uma janela eficiente pode ter na questão da segurança antirroubo”. Além disso, é mais eficaz investir primeiro em janelas mais eficientes, antes de instalar um sistema de alarme, por exemplo. “É fundamental garantir que a casa tem um conjunto de boas janelas eficientes, para que quem vai assaltar não tenha a vida facilitada”, principalmente tendo em conta que “janelas antigas, de correr, com vidro simples, como as que temos na maior parte dos nossos edifícios em Portugal, são muito fáceis de penetrar, mesmo que o alarme toque, o ladrão já pode estar lá dentro, mas se a casa tiver também janelas eficientes, será muito mais difícil entrar”. O papel das janelas eficientes passa por tecnologia e mecanismos que impedem os eventuais assaltantes de entrar rapidamente em casa, principalmente no caso das moradias térreas, que representam a maior parte das habitações do país. Dificultar a intrusão contribui para ganhar tempo precioso, durante o qual se pode ter reação ou pedir ajuda. Ou pode, simplesmente, dissuadir quem procura um alvo mais fácil: “os ladrões tendem a escolher a solução mais fácil e mais rápida, com janelas mais fáceis de arrombar. Com janelas eficientes, estamos, no fundo, a ganhar tempo para proteger a nossa casa, no caso de ela ter sido a escolhida”. Uma oportunidade única para tornar o parque edificado português mais seguro A onda de renovação do parque edificado habitacional europeu que agora começa é uma oportunidade única para tornar as habitações não só mais sustentáveis e neutras em carbono (como assim as metas europeias definem), mas também mais seguras, já que as janelas eficientes respondem a todas estas necessidades. Para cumprir os objetivos europeus e nacionais de descarbonização da economia e do imobiliário, já estão em campo vários programas de apoio à renovação de edifícios, como o Programa de Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, ou o Vale Eficiência, que se centram, sobretudo, na melhoria do conforto térmico e da eficiência energética. Mas a ANFAJE recorda que há que não esquecer também a componente acústica e a segurança, para não perder esta “oportunidade única” de reabilitação e de melhoria das condições de vida de todos. “O investimento que vai ser feito pode incluir logo todas estas melhorias”. E João Gomes garante que “atualmente, a maioria das janelas eficientes que se produzem e instalam já têm um nível de eficácia bastante elevado quanto à segurança antirroubo”, por isso o investimento não é muito superior ao da instalação de uma janela termicamente eficiente, por exemplo. João Ferreira Gomes ressalva que não se quer incentivar o medo: “tendo em conta que 3,5 milhões de casas em Portugal têm janelas ineficientes, queremos tentar que o investimento na substituição dessas janelas seja feito já com soluções que contemplem também soluções antirroubo”. Na altura de substituir janelas, “os cidadãos devem solicitar às empresas do setor, janelas dotadas de sistemas de ferragem, pontos de fecho, fechaduras mais seguras, que possam dar à janela uma maior robustez na questão da segurança antirroubo”. Empresas estão especializadas e preparadas para responder a estas necessidades " As empresas especialistas no fabrico de janelas eficientes estão “perfeitamente preparadas” para acompanhar este desafio de renovação dos edifícios, com soluções que vão permitir mais conforto e segurança numa casa mais sustentável. Segundo João Ferreira Gomes, há que procurar soluções como ferragens específicas antirroubo, com vários pontos de fecho e classificações RC2 com vidro laminado, um exemplo de solução antirroubo, difícil de quebrar mas também acusticamente mais eficiente. É necessária mais divulgação e sensibilização das seguradoras O presidente da ANFAJE acredita que também as seguradoras têm de estar mais sensibilizadas e abertas para este tema, e deveriam adotar modelos de desagravamento do custo dos seguros antirroubo da habitação semelhantes aos que já existem noutros países europeus, como no Reino Unido. João Ferreira Gomes acredita que “isto acontecerá certamente por desconhecimento das seguradoras, e esperamos que em breve estejam atentas a esta questão e que, em conjunto [ANFAJE], possamos chegar a uma solução que permita desagravar as apólices dos seguros. Apelamos a que as seguradoras desenvolvam comunicação connosco, para que os seus clientes tenham este benefício. É por aí que devemos começar”. Por outro lado, a ANFAJE está apostada em reforçar a sensibilização e a disseminação de informação junto do cliente final, numa altura em que o grande foco do setor é a eficiência energética, “até porque os apoios concedidos no âmbito dos programas públicos têm sido nesse âmbito”. Por isso, “a segurança antirroubo tem ficado um pouco de lado”. Assim, a ANFAJE “cada vez mais comunicará esta temática, explicando o porquê da necessidade de substituir janelas de má qualidade, e vai focar-se não só na questão da térmica e da acústica, mas também na questão da segurança antirroubo”." fonte: "publico.pt" - "2024/04/24"
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